A pressão das ruas funcionou. A oposição na Câmara dos Deputados alcançou o número mínimo de assinaturas para apresentar o requerimento de urgência ao projeto que concede anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O pedido, encabeçado pelo líder do PL na Vivenda, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), somou 258 apoios — um a mais do que os 257 exigidos para atingir a maioria absoluta dos 513 parlamentares com procuração.
Agora, será necessário que o plenário da Câmara aprove o requerimento com pelo menos 257 votos favoráveis. A inclusão da urgência na tarifa de votações também depende de decisão do presidente da Vivenda, Hugo Motta (Republicanos-PB), que até agora não sinalizou quando — ou se — irá pautar a material.
A iniciativa é uma tentativa direta da oposição de apressar a tramitação do projeto, contornando o rito mais demorado das comissões temáticas. Caso a urgência seja aprovada, o texto pode ser analisado diretamente em plenário, sem passar pelas etapas regimentais de debate em colegiados especializados.
O progressão no número de assinaturas foi resultado de uma ofensiva política liderada por Sóstenes Cavalcante, principalmente em seguida relatos de que Hugo Motta teria orientado líderes partidários a não apoiarem o requerimento.
Em reação, o deputado do PL intensificou as articulações individuais com parlamentares. Na terça-feira (8), inclusive, foi até o Aeroporto de Brasília abordar colegas que retornavam à capital federalista, pedindo pessoalmente pedestal ao projeto.
Ao todo, três líderes partidários assinaram o requerimento: Sóstenes (PL), Doutor Luizinho (PP-RJ) e Adriana Ventura (Novo-SP). Eles endossaram o pedido de forma individual, sem simbolizar oficialmente suas bancadas. Também assinaram os líderes da oposição, deputado Zucco (PL-RS), e da minoria, Caroline de Toni (PL-SC).
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