Três pessoas acusadas de envolvimento no assassínio e na degolação de Aurileide Gonçalves da Silva, delito ocorrido em novembro de 2022 em Fortaleza (CE), foram colocadas em liberdade por decisão da 2ª Vara do Júri da Comarca da capital cearense. Yuri Nogueira, Francisca Silva e Jadeline Silva (nome social de Jardel) tiveram as prisões revogadas. Segundo a decisão judicial, apesar da sisudez dos fatos, não há indícios atuais de que a liberdade dos acusados represente prenúncio à ordem pública. “Não há, neste momento, elementos contemporâneos que demonstrem que eventual liberdade dos acusados causaria risco à ordem pública”, diz trecho da decisão.
A Justiça determinou que os réus cumpram uma série de medidas cautelares, entre elas: comparência mensal à Mediano de Alternativas Penais, recolhimento domiciliar noturno das 20h às 6h — incluindo finais de semana e feriados —, além da proibição de frequentar locais com consumo de álcool ou drogas. Eles também serão monitorados eletronicamente. Outras exigências incluem a obrigação de permanecer na Comarca de Fortaleza, salvo autorização judicial, manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos do processo. Em caso de descumprimento de qualquer uma dessas medidas, a prisão preventiva poderá ser restabelecida.
A investigação aponta que o delito teve motivação ligada à rivalidade entre facções criminosas. Aurileide, conhecida uma vez que Neide, teria sido considerada inimiga pelo Comando Vermelho (CV) por morar em espaço sob domínio da partido rival Guardiões do Estado (GDE), onde vivia sua filha. Ela foi acusada de repassar informações ao grupo justador. De tratado com o interrogatório, membros do CV teriam encontrado imagens de familiares da vítima em seu celular. Os gestos registrados nas fotos foram interpretados uma vez que sinais de suporte à GDE. A partir disso, os criminosos decidiram executar Neide.
Segundo a polícia, Márcio teria sido o responsável por imobilizar a vítima, enquanto os demais — identificados uma vez que Mara, Jardel e Yuri — participaram diretamente do homicídio, que culminou na degolação da mulher.
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