O ministro Gilmar Mendes, um dos nomes mais antigos e controversos do Supremo Tribunal Federalista (STF), voltou a ser destaque no cenário político nesta semana. Reconhecido por sua atuação incisiva em diversos julgamentos, ele é amplamente considerado o recordista em concessões de habeas corpus dentro da mais subida Namoro do país.
Entre suas decisões mais notórias, muitas foram favoráveis a políticos e empresários investigados ou condenados por devassidão, principalmente no contexto da Operação Lava Jato. Essa atuação lhe rendeu críticas e elogios, dependendo do ponto de vista — mas, para muitos, foi decisiva no desmonte de uma das maiores operações de combate à devassidão da história do Brasil.
O impacto do término da Lava Jato: progressão ou retrocesso?
A Lava Jato, que teve início em 2014, foi responsável por investigar e punir dezenas de políticos, empresários e operadores financeiros envolvidos em esquemas bilionários de meandro de moeda público. No entanto, ao longo dos anos, a operação foi meta de inúmeras contestações jurídicas, principalmente por secção de ministros do STF, entre eles Gilmar Mendes.
Para seus críticos, o ministro colaborou diretamente com o esvaziamento das investigações e com a reversão de condenações significativas, o que acabou criando uma sensação de impunidade generalizada. Vários nomes que antes estavam presos ou prestes a serem julgados, hoje estão livres, com processos anulados ou travados em instâncias superiores.
Gilmar, por sua vez, sempre justificou suas decisões com base em princípios constitucionais e no saudação ao devido processo permitido. Ainda assim, é inegável que sua atuação teve peso significativo no desmonte da operação.
Enunciação recente: “Anistia é glorificação da impunidade”
Em entrevista concedida nesta terça-feira (8) ao conduto GloboNews, Gilmar Mendes opinou sobre outro tema polêmico: os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Para o ministro, conceder anistia aos envolvidos nesses atos seria “a glorificação da impunidade”.
A fala, em tom de mensagem, evidencia a postura firme de Gilmar diante do incidente, considerado por ele uma grave sufocação ao Estado Democrático de Recta. “Não se pode transformar o recta de sintoma em escudo para atos golpistas”, declarou.
Contradições e reações: juristas rebatem argumento de Gilmar
Apesar do tom firme, as declarações do ministro foram vistas por alguns especialistas uma vez que contraditórias, considerando seu histórico de decisões. A sátira mais destacada veio do jurista André Marsiglia, espargido por sua atuação em resguardo das liberdades civis.
Marsiglia chamou a atenção para uma fala específica de Gilmar durante a entrevista: “Não se exerce o recta de reunião em frente aos quartéis”, disse o ministro, em referência às manifestações que precederam os atos de 8 de janeiro. Para o jurista, essa asseveração ignora o que está estabelecido na própria Constituição Federalista.
Marsiglia citou o cláusula 5º, inciso XVI da Constituição, que assegura o recta de reunião pacífica em locais abertos ao público, independentemente de autorização, sendo exigido unicamente aviso prévio à mando competente. “Não há na Constituição qualquer proibição quanto ao lugar da sintoma, desde que esta seja pacífica e sem armas”, afirmou o jurista.
A seletividade da sátira à impunidade
A fala de Gilmar Mendes sobre “impunidade” soou, para muitos, uma vez que irônica ou incoerente, principalmente considerando que o próprio ministro foi um dos principais nomes a se opor à Lava Jato nos tribunais. O contraste entre sua sátira à verosímil anistia dos manifestantes de 8 de janeiro e sua atuação em prol da liberdade de investigados por devassidão levantou questionamentos sobre seletividade na emprego da justiça.
Enquanto alguns analistas elogiam a postura de Gilmar em resguardo das instituições, outros enxergam um padrão em suas decisões que favorece determinadas figuras do cenário político e empresarial brasílico. Para esses críticos, sua recente fala sobre anistia soa uma vez que um oração profíquo, diante da pressão pública, mas destoante de suas ações passadas.
Manifestações, liberdade e a leitura da Constituição
O debate em torno do recta de sintoma também ganhou força com a entrevista. Gilmar Mendes afirmou que manifestações em frente a quartéis não configuram o manobra legítimo da liberdade de reunião — tese que foi prontamente contestada por especialistas em Recta Constitucional.
A Constituição de 1988 é clara ao prometer a liberdade de sentença e o recta de reunião, com poucas limitações: não pode ter porte de armas, nem violência, e é necessário informar previamente às autoridades sobre o protesto. Em outras palavras, não importa se a sintoma ocorre em frente ao Congresso, ao STF, ou a um quartel — desde que pacífica, é legítima.
Nesse sentido, as palavras do ministro acabaram reacendendo um debate crucial: até que ponto os julgamentos jurídicos estão sendo guiados pelo texto constitucional e até que ponto são influenciados por narrativas políticas e interesses momentâneos?
Revérbero de uma justiça em xeque
As reações às falas de Gilmar Mendes evidenciam o momento quebrável vivido pelas instituições judiciais brasileiras. O Supremo Tribunal Federalista, por seu protagonismo crescente na política vernáculo, tem sido meta de críticas constantes quanto à sua imparcialidade e congruência.
A entrevista do ministro, ao mesmo tempo em que reforça o papel da Namoro na resguardo da democracia, também traz à tona as tensões e contradições internas do próprio sistema. Enfim, uma vez que exigir firmeza contra a impunidade em alguns casos, se em outros a atuação parece caminhar no sentido oposto?
Peroração: um país dividido entre justiça e suspeição
O Brasil continua a caminhar em meio a turbulências políticas e institucionais. Em um cenário onde ministros do STF se tornam figuras públicas influentes e controversas, uma vez que Gilmar Mendes, é cada vez mais difícil separar o jurídico do político.
A fala sobre a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro abriu um novo capítulo dessa história, mas também escancarou antigas feridas — principalmente no que diz saudação à congruência das decisões judiciais e ao real compromisso com a justiça.
Enquanto isso, a população observa, muitas vezes com suspeição, o vai-e-vem das decisões do Judiciário. O libido é evidente: que a Constituição seja respeitada por todos — inclusive por aqueles encarregados de interpretá-la.
🚨 Constituição Federalista. art. 5º, XVI: todos podem reunir-se pacificamente,sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, sendo unicamente exigido prévio aviso à mando
Gilmar Mendes: não se exerce recta de reunião em frente a quartéis pic.twitter.com/s1rRHpwztA
— Andre Marsiglia (@marsiglia_andre) April 9, 2025
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