A Polícia Federalista (PF) tentou 10 milhões de senhas diferentes para desbloquear o celular de Renato Marchesini, um dos suspeitos de envolvimento nos atos do 8 de janeiro de 2023, mas não obteve sucesso. Dessa forma, a corporação não pôde colher os dados no aparelho que haviam sido solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF).
Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, Marchesini, de 42 anos, foi recluso em seguida os atos. Ele acabou obtendo liberdade provisória 10 dias depois, e aguarda julgamento sob medidas cautelares, uma vez que uso de tornozeleira eletrônica, retenção e passaporte e proibição de usar as redes sociais.
Moraes solicitou à PF que buscasse no celular Samsung Galaxy A30 do suspeito 36 palavras-chave, incluindo os termos “morte ao Xandão”, “Forças Armadas”, “Item 142”, “Fora Lula”, “Bolsonaro”, “Mediação Militar”, “Impedir a Posse”, “Invadir Prédios”, “Acampamento”, “Golpe”, “Ditadura”, “Código-Natividade”, entre outros.
Também pediu à PF que buscasse encontrar contatos na agenda, fotos, vídeos e localização que ajudassem a identificar qual o nível do envolvimento de Marchesini na depredação do 8 de janeiro.
Para isso, a PF utilizou um software chamado Cellebrite Premium, que com base nas informações do possuinte do celular, sugeriu milhões de combinações possíveis para desbloquear o aparelho. Todavia, nenhuma delas funcionou. Por termo, o smartphone foi devolvido para o setor da corporação que executa as ordens do STF, sem provas de que o possuinte do aparelho tenha invadido ou depredado o patrimônio público, nem praticado violência.
Marchesini mora em Franca, São Paulo, e trabalhava em uma empresa de consórcios automotivos e imobiliários, tendo ainda uma empresa de “atividades auxiliares dos transportes terrestres” registrada em seu nome uma vez que MEI (Microempreendedor Individual).
À quadra das eleições de 2022, ele fez postagens duvidando da confiabilidade das urnas eletrônicas, criticando o STF, seus ministros, e o até portanto candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seguida as eleições, publicou vídeos em manifestações e acampamentos pedido uma mediação militar.
Ele está no rol de denunciados pela Procuradoria-Universal da República (PGR) por supostos crimes de extermínio violenta do Estado Democrático de Recta, associação criminosa armada, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
Sua audiência de instrução e julgamento estão marcados para a próxima terça-feira (15). Informações Pleno News
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