A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF) decidiu nesta quarta-feira (27), por unanimidade, admitir a denúncia apresentada pela Procuradoria-Universal da República (PGR) contra o presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados aos atos pós-eleição de 2022.
Com isso, o presidente Bolsonaro e os demais passam à exigência de réus no processo.
Bolsonaro critica velocidade do processo: “Muito mais rápido que o do Mensalão e o de Lula”
Logo posteriormente o voto que consolidou a maioria na Namoro, Jair Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, acusando o STF de agir com presteza incomum com o objetivo de prejudicá-lo politicamente.
“Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato. E o motivo? Nem tentam mais esconder. A própria prensa noticia, claramente e sem rodeios, que a motivação não é jurídica, mas política: o tribunal tenta evitar que eu seja julgado em 2026, pois querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer”, escreveu em sua conta no X (macróbio Twitter).
Réus incluem ex-ministros, generais e o ex-chefe da Abin
Além de Bolsonaro, a denúncia aceita pelo STF atinge figuras de destaque do governo, uma vez que:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Resguardo
- General Walter Braga Netto, ex-ministro da Lar Social e da Resguardo, e candidato a vice-presidente na placa de 2022
Todos foram denunciados pela PGR sob a arguição de integrar uma suposta tentativa de extermínio violenta do Estado Democrático de Recta, entre outras infrações.
Julgamento segue com clima de tensão e críticas à imparcialidade
A decisão do STF ocorre em meio a críticas crescentes sobre o viés político dos processos envolvendo lideranças conservadoras, principalmente aquelas ligadas ao presidente Bolsonaro.
A presteza processual do julgamento labareda atenção, principalmente quando comparada a outros casos de grande repercussão, uma vez que os escândalos do Mensalão e da Lava Jato, o que tem levantado questionamentos sobre isenção institucional.
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