O ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes, decidiu, nesta sexta-feira (21/03), entregar os equipamentos eletrônicos do senador Marcos do Val (Podemos), mas manteve retida sua revólver Glock G25 calibre .380.
A decisão ocorre em meio a uma série de embates entre o parlamentar e o magistrado, com Do Val alegando ser “um perseguido político”. O senador critica duramente a operação conduzida pelo STF, classificando-a porquê “sensacionalista e teatral”, e afirma que a mortificação de seus bens foi arbitrária e injustificável.
Moraes mantém arma do senador retida
A retenção da revólver Glock do senador levanta questionamentos sobre os critérios adotados pelo ministro na transporte do caso. Por que os eletrônicos foram devolvidos, mas a arma permanece apreendida?
Marcos do Val, que tem histórico de resguardo da posse e porte de armas, afirmou que a decisão de Moraes é uma tentativa de intimidação.
“Tenho 16 fuzis que estão em Dallas, no Texas (EUA). Cá, no Brasil, só tenho essa arma”, declarou o senador.
A decisão judicial permite que Do Val recupere seus dispositivos eletrônicos no prazo de 90 dias. Caso não retire os equipamentos, Moraes autorizou a ruína dos aparelhos.
Bloqueio de contas e restrição salarial
Levante não é o primeiro incidente de embate entre Moraes e o senador. Em agosto de 2024, o ministro determinou o bloqueio das contas bancárias de Marcos do Val, permitindo que ele acessasse exclusivamente 30% do seu salário.
O senador é investigado por suposta obstrução de justiça, posteriormente propalar informações sobre o representante da Polícia Federalista, Fábio Schor, que lidera inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Repercussão internacional: pressão dos EUA sobre Moraes
A atuação de Alexandre de Moraes tem chamado atenção até mesmo fora do Brasil. Parlamentares dos Estados Unidos pressionam o governo de Donald Trump para que sanções sejam aplicadas contra Moraes e seus aliados.
“Sanção a Moraes deve se estender a ‘cúmplices’”, afirmou um deputado norte-americano, sugerindo que outros membros do STF e autoridades envolvidas nas decisões polêmicas também sejam alvos de restrições.
O incidente reforça o clima de tensão política entre os três poderes no Brasil, com questionamentos sobre os limites do STF e a possibilidade de retaliações por segmento da comunidade internacional.
Mortificação de bens: legitimidade ou ataque de poder?
A decisão de manter a arma do senador sob custódia reacende o debate sobre os poderes do STF e o estabilidade entre os três poderes. Moraes tem sido criticado por extrapolar suas atribuições, adotando medidas vistas por opositores porquê excessivas e persecutórias.
Especialistas divergem sobre a legitimidade da mortificação de bens em investigações judiciais. Enquanto alguns defendem que tais medidas são necessárias para prometer o curso dos processos, outros argumentam que há excessos claros, principalmente quando envolvem figuras políticas que fazem oposição ao governo e ao Supremo.
O que esperar daqui para frente?
O embate entre Marcos do Val e Alexandre de Moraes não deve terminar tão cedo. O senador já declarou que recorrerá para reaver sua arma, e a pressão internacional pode intensificar as críticas ao STF.
Enquanto isso, parlamentares no Brasil se movimentam para contraditar as decisões do ministro, e a crise entre os poderes continua a lucrar novos capítulos.
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