Gleisi diz que não vai negociar com parlamentares “radicais”

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, antecipou porquê será a postura do governo em relação à oposição no Congresso Vernáculo. Em entrevista concedida neste domingo (16), Gleisi afirmou que o governo não negociará com figuras “radicais” ou que se mostrem agressivas no debate político, mas que está disposta a dialogar com aqueles que forem abertos à conversa.

Durante sua participação no podcast PodK Liberados, do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), Gleisi citou um ditado de sua avó para ilustrar sua abordagem: “Não gaste vela com santo ruim.” Ela afirmou que, se não for provável convencer a outra secção, procurará tratá-la com reverência, mas que com os opositores dispostos ao diálogo, mesmo com discordâncias, buscará encontrar pontos de convergência. A ministra foi clara ao declarar que com quem se apresenta de forma agressiva ou radical, não haverá espaço para o diálogo: “Com aqueles que gritam, que agridem, aí não tem diálogo, aí não adianta gastar tempo.”

Estratégia de Diálogo e Premência de Ceder em Alguns Pontos

Gleisi também reconheceu a veras política do governo, destacando que a bancada de pedestal é minoritária no Congresso e que, por isso, será necessário ceder em algumas situações. Ela enfatizou a valia de buscar convergência com aqueles que pensam de forma dissemelhante e de negociar para prometer a aprovação das pautas mais relevantes para o governo. “Tenho que conversar com quem pensa dissemelhante de mim e tentar convencer e fabricar convergências ao supremo para que as matérias importantes para nós sejam aprovadas”, explicou a ministra.

Ela também ressaltou que o governo não será capaz de subscrever todas as suas propostas sem concessões. “Não vamos conseguir subscrever tudo, não vamos conseguir convergência em tudo e muitas coisas vamos ter que ceder, mas vamos fazendo dentro dos limites”, afirmou, reforçando a urgência de pragmatismo para prometer vitórias legislativas.

Prioridades do Governo

Em relação às prioridades do governo, Gleisi Hoffmann mencionou duas propostas que estão no topo da agenda: a PEC da segurança pública e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe mais de R$ 5 milénio mensais. Essas pautas são vistas porquê fundamentais para o governo, e a ministra destacou que, embora o caminho para sua aprovação possa ser difícil, o governo está determinado a buscar pedestal e estabelecer diálogo para viabilizá-las.

Com a estratégia de buscar consenso com a oposição, Gleisi afirmou que o governo está cônscio dos desafios, mas confia na construção de uma agenda positiva para a sociedade, mesmo em um cenário de polarização política no Congresso.