O ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Flávio Dino, voltou a tutelar a urgência de uma regulamentação rígida das redes sociais, afirmando que a escassez de controle sobre as plataformas digitais pode levar a um cenário de desinformação descontrolada, comparável ao “apocalipse” bíblico. A enunciação foi feita nesta segunda-feira (17), durante um evento com estudantes do SESI, em São Paulo.
“Me parece que entre o protótipo de regulação fraca e o protótipo de regulação poderoso, o único protótipo que responde às necessidades da humanidade e da família é o protótipo de regulação poderoso”, disse Dino.
A fala do ministro ocorre em um momento em que o STF e o Congresso Vernáculo discutem a regulação das redes sociais, mormente no que se refere ao combate a fake news, discursos de ódio e crimes digitais.
Flávio Dino alerta para riscos da falta de regulação
Durante sua apresentação, Flávio Dino destacou que a escassez de um controle eficiente pode resultar em graves consequências para a sociedade, reforçando a urgência de um protótipo de regulação poderoso para impedir abusos e proteger os cidadãos.
“Não sou catastrofista, não faço apologia de catástrofes, mas penso que isso, ao lado das mudanças climáticas, se não for adequadamente regrado, representa aquilo que biblicamente é o apocalipse”, afirmou o ministro.
A enunciação gerou repercussão imediata, com reações divergentes entre políticos, especialistas e a opinião pública. Enquanto defensores do controle mais rígido das redes sociais apoiam a posição de Dino, críticos enxergam uma tentativa de repreensão e um verosímil cerceamento à liberdade de sentença.
Marco Social da Internet e a revisão das regras
Flávio Dino também comentou sobre a urgência de atualização do Marco Social da Internet, legislação aprovada em 2014 e que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres no envolvente do dedo. Segundo ele, a lei já não acompanha a velocidade das mudanças tecnológicas e precisa ser revista para prometer uma regulação eficiente.
“Debate-se uma vez que nós podemos, pela via interpretativa até que o Congresso aprove uma novidade lei, fazer com que esta legislação, decorridos 11 anos, consiga, de trajo, ser boa para a sociedade”, explicou Dino.
Atualmente, há propostas no Congresso para endurecer a responsabilidade das plataformas digitais sobre os conteúdos publicados, mormente quando se trata de desinformação, oração de ódio e ataques contra a democracia.
Reações e críticas à fala de Flávio Dino
A enunciação do ministro gerou poderoso repercussão entre políticos e especialistas do setor. O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou a fala de Dino, afirmando que o governo e o STF tentam impor um controle ideológico sobre as redes sociais.
“O que eles chamam de regulação é, na prática, repreensão. O Brasil já viu esse filme e sabe onde isso pode levar”, declarou o senador.
Já o deputado federalista Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto de regulação das redes sociais na Câmara, defendeu a urgência de fabricar regras claras para o envolvente do dedo, citando que o progresso das fake news prejudica a democracia e a integridade do debate público.
“Hoje, o que vemos nas redes sociais são verdadeiras fábricas de desinformação. É preciso um mecanismo para impedir que isso continue acontecendo sem nenhuma consequência”, disse Orlando Silva.
O debate sobre a regulação das redes sociais divide a sociedade, com grupos apontando que a falta de regras favorece a manipulação da informação, enquanto outros acreditam que qualquer controle pode valer um ataque à liberdade de sentença.
O julgamento no STF e o horizonte das redes sociais no Brasil
O Supremo Tribunal Federalista já tem em sua taxa de 2025 a estudo de um processo que pode definir novas regras para a responsabilidade das plataformas digitais. A decisão poderá impactar empresas uma vez que Facebook, Instagram, YouTube e X (macróbio Twitter), exigindo que as gigantes da tecnologia adotem mecanismos mais rígidos de controle sobre o teor publicado.
Enquanto isso, no Congresso, parlamentares debatem o PL das Fake News, que visa responsabilizar plataformas digitais por conteúdos ilícitos, além de exigir mais transparência sobre os algoritmos que impulsionam publicações.
Desfecho
A enunciação de Flávio Dino sobre a regulação das redes sociais reacendeu o debate sobre até que ponto o Estado deve intervir no envolvente do dedo. De um lado, há quem defenda um controle mais rígido para combater crimes e proteger a sociedade. Do outro, opositores argumentam que a iniciativa pode penetrar espaço para repreensão e perseguição a opiniões divergentes.
Com o julgamento do STF previsto para 2025 e o PL das Fake News em tramitação no Congresso, o Brasil está próximo de uma decisão crucial sobre o horizonte da liberdade de sentença na internet. A questão agora é: uma vez que lastrar o combate à desinformação sem magoar os direitos fundamentais dos cidadãos?
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