O PL (Partido Liberal), liderado na Câmara dos Deputados por Sóstenes Cavalcante (RJ), pretende ocupar a presidência de seis comissões permanentes da Lar em 2025. O parlamentar reafirmou que o recta está guardado pelo Regimento Interno, já que o PL possui a maior bancada e, segundo ele, não há combinação que possa mudar essa distribuição.
“Regimentalmente, o PL tem recta a seis comissões. E a ordem das pedidas também é regimental. A primeira e a segunda pedida são do PL, depois a terceira da Federação PT, PC do B, PV. (…) Eu não abrirei mão do que o Regimento me dá recta”, afirmou o líder da bancada.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro já havia ocupado cinco comissões em 2023, entre elas a CCJ (Constituição e Justiça), a mais importante da Lar. Agora, o PL quer ampliar seu espaço, mirando Saúde, Cultura, Segurança Pública, Relações Exteriores e Resguardo Pátrio, além da Percentagem Mista de Orçamento.
Verosímil presidência para Eduardo Bolsonaro
Entre as comissões mais visadas, está a Relações Exteriores e Resguardo Pátrio (CREDN), para a qual o PL quer indicar Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A nomeação, porém, enfrenta resistência do PT, que pretende barrar sua candidatura. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se opõe à manutenção do PL no comando da Segurança Pública.
As negociações seguem indefinidas e devem ser retomadas posteriormente o carnaval, conforme adiantou Sóstenes Cavalcante. Ele afirmou que já conversou com o presidente vernáculo do PL, Valdemar Costa Neto, com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com integrantes da bancada para definir as estratégias.
O comando das comissões é fundamental para controlar a tramitação de projetos e dar visibilidade às pautas do partido. Até o momento, unicamente Viação e Transportes (PP), Minas e Vontade (PSD) e Turismo (PSD) tiveram nomes confirmados.