Na última terça-feira (11), internautas notaram que o Google Calendar, uma das ferramentas mais utilizadas para agendamento de eventos, retirou datas comemorativas importantes dos meses da História Negra, do Orgulho LGBTQIA+, do Dia da Memorial do Imolação e do Mês da História das Mulheres. A mudança, que afeta tanto usuários individuais quanto empresas, foi confirmada pela gigante da tecnologia, que explicou que a modificação entrou em vigor desde 2024.
De conciliação com um expedido solene do Google, a remoção das datas foi motivada pela premência de tornar a gestão de eventos mais escalável e sustentável. “Manter centenas de eventos manualmente e consistentemente em todo o mundo não era escalável ou sustentável”, justificou a empresa. No entanto, o Google garantiu que os usuários ainda poderão somar essas datas manualmente ao seu calendário, caso desejem festejar ou lembrar de tais eventos.
Essa decisão ocorre em um momento de crescente reavaliação dos compromissos de volubilidade, isenção e inclusão (DEI) por segmento de grandes empresas de tecnologia. Nos Estados Unidos, várias companhias passaram a adotar medidas semelhantes, principalmente posteriormente junho de 2024, quando a possibilidade de uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais tornou-se mais clara. O Google, segundo fontes da Associated Press e do Poder360, é uma das empresas que está avaliando as mudanças que precisam ser feitas nesse contexto.
O impacto dessa decisão é significativo, já que muitas dessas datas têm sido um marco de conscientização e visibilidade para grupos historicamente marginalizados. A medida gerou controvérsias e críticas, principalmente entre defensores de causas sociais, que veem na remoção um retrocesso em termos de representatividade e reconhecimento de conquistas sociais importantes.
Enquanto isso, outras empresas, uma vez que o Facebook e a Microsoft, continuam a oferecer suporte e visibilidade a eventos relacionados à volubilidade, reforçando seus compromissos com as políticas de DEI. Para o Google, a modificação reflete um novo posicionamento, embora a empresa tenha afirmado que ainda dará aos usuários a possibilidade de personalizar seus calendários.
Em paralelo, a mudança no Google Calendar se insere em um cenário mais largo de reavaliação do papel das grandes empresas tecnológicas na promoção de valores sociais e inclusivos. Com o cenário político dos EUA ainda incerto, muitas dessas empresas buscam alinhar suas ações com as exigências e pressões do mercado, além das realidades políticas que se desenham para o porvir.
Compartilhe nas redes sociais
