Deputados da oposição vão pedir ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que devolva o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro para a Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) da Vivenda.
A estratégia, na visão dos bolsonaristas, facilitaria a tramitação da proposta. Atualmente, o projeto está em um “limbo” na Câmara devido à estratégia de Arthur Lira (PP-AL) de enviá-la para um “grupo de trabalho”.
Caso Motta atenda ao pedido da oposição, o projeto ficaria sob a responsabilidade do porvir presidente da CCJ. No momento, o colegiado é disputado por União Brasil e MDB, mas ainda não há definição sobre quem levará a melhor.
Nos bastidores da Câmara, bolsonaristas se dizem otimistas com a receptividade de Motta à teoria. Principalmente devido às declarações recentes do presidente da Câmara, que afirmou que “não houve golpe” no 8 de Janeiro.
Hugo Motta e o 8 de janeiro
Nos últimos dias, Motta ligou para ao menos dois ministros do Supremo, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, a término de explicar a entrevista na qual disse que as invasões de 8 de janeiro não teriam sido um golpe.
Nas conversas, segundo relatos feitos à pilar, Motta argumentou que não quis se colocar contra o STF com a fala. Ele ressaltou que respeita decisões judiciais e que pretende atuar para pacificar a relação entre os poderes.
Porquê mostrou a pilar, a enunciação do novo presidente da Câmara sobre as invasões golpistas das sedes dos Três Poderes também não foi muito recebida no Palácio do Planalto.
Sob suplente, auxiliares de Lula avaliaram que Motta ultrapassou o limite com a enunciação, pois defendeu um tanto que o STF e a CPI mista do Congresso consideram um violação contra o Estado Democrático de Recta.