Atentos para as prováveis trocas nos Ministérios nas próximas semanas:
Gleisi Hoffman, presidente do PT, finalmente foi considerada para ocupar um missão com maior poder de decisão neste governo; ela traria um componente ideológico que Lula perdeu há muito tempo e está fazendo falta para dialogar com a militância e movimentos sociais.
Nos corredores falam (sem nenhuma comprovação) que Janja e Haddad seriam resistentes ao “empoderamento” de Gleisi, mas até esta semana ela está cotada para assumir a Secretaria-Universal da Presidência no lugar de Márcio Macedo, também do PT. Não se fala em acomodar Márcio em outro lugar ainda.
Rodrigo Pacheco (PSD) será premiado por não ter deixado nenhum processo de impeachment andejar no Senado e pode ocupar o missão de Ministro de Indústria e Negócio, que hoje está com o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
O desaplaudido Alckmin só sai do missão se assumir a Saúde (jogada de rabi!) já que a atual Ministra não suporta a pressão e até chora em reuniões (há até matérias falando de uma vez que Janja precisou consolar a Ministra Nísia Trindade depois falas de Lula).
Outra que será premiada pelo bom trabalho em resguardo da esquerda nas eleições paulistanas é Tabata Amaral (PSB) que pode comandar Ciência e Tecnologia, empurrando a atual Ministra Luciana Santos (PCdoB) para o Ministério das Mulheres no lugar da petista Cida Gonçalves.
Cida não está cotada para nenhuma outra pasta e provavelmente deve submergir para trespassar do foco e cuidar das denúncias de assédio moral a servidores do Ministério da Mulher.
Arthur Lira, que fez um jogo duro na resguardo das emendas dos Deputados, batendo de frente com Padilha e outros petistas de peso, foi indicado pela bancada ruralista para ser o novo Ministro da Cultura, tirando Carlos Fávaro (PSD) do tá escalão. O PT está resistente ao nome de Lira. Até oriente momento ninguém fala em acomodar Fávaro em outra pasta, mas nos bastidores, entre jornalistas, ouvimos críticas da sua ineficiência em “dialogar e acalmar os produtores que são contra Lula” e que oriente era o objetivo ao ser escalado na primeira leva de Ministros, portanto, ele sai sem executar a missão.
Outro que nem iria rodar tão cedo, mas acabou falando demais e será um dos primeiros a ser substituído é Wellington Dias (PT), o Ministro do Desenvolvimento Social falou de um suposto aumento no valor do Bolsa Família depois a subida do preço da comida. A fala pegou tão mal que Lula teria ligado e cobrado explicações, (ele justificou que era exclusivamente uma pesquisa que estava sendo realizada) mas o roupa é que Rui Costa da Lar Social acabou desmentido o Ministro. Por ser roupa novo, ainda não está rodando nomes de possíveis substitutos, exclusivamente especulações.
Resumo: O PT admitiu que só está no poder ainda pela complacência do Centrão que ocupava as presidências da Câmara e Senado e por isso está entregando Ministérios. O Governo conta com a última tábua de salvação, o poder de Gleisi em dialogar com os movimentos sociais que são a base da militância petista. Janja, Lula e Haddad não têm essa habilidade.
Lula, por ter parado no tempo e nas pautas operárias e sindicais, perdendo a noção das pautas de hoje que envolvem preços, incentivos e empreendedorismo.
Janja, por esbanjar demais e viver num universo paralelo de delícias e futilidades, completamente opostos da veras dos trabalhadores do país.
Haddad, por ser exclusivamente a espuma política de Lula.
Ao meu ver, 2025 começa com o PT encurralado, sem poder nas principais pastas, fazendo uma “sociedade” com o Centrão para não ser impeatchmado e apostando mais uma vez no oração de “resguardo das minorias” para manter a fatia de votos mais fiéis.
Direita se reorganizando e ocupando Comissões essenciais no Congresso e o Centrão poderosíssimo no Executivo e no Legislativo. Tudo isso na reta final do governo Lula e nas vésperas das eleições gerais. Informações Jornal da cidade