Deputados federais do Brasil têm articulado a geração de uma Percentagem Parlamentar de Interrogatório (CPI) para investigar a suposta interferência dos Estados Unidos nas eleições brasileiras de 2022. Esta iniciativa é liderada pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO), que estão coletando as assinaturas necessárias para a instalação da CPI.
A motivação para esta CPI surgiu posteriormente declarações de Mike Benz, ex-chefe do setor de informática do Departamento de Estado dos EUA durante o primeiro governo de Donald Trump, que sugeriu que, sem a mediação da Sucursal dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Jair Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil. De conciliação com Benz, a Usaid teria financiado organizações brasileiras para minar o governo Bolsonaro, considerado pela sucursal uma vez que “antidemocrático”.
O requerimento para a exórdio da CPI menciona a premência de apurar se houve interferência da Usaid em processos eleitorais através de estratégias que incluíriam exprobação, regulação das redes sociais, promoção de debates políticos direcionados e a construção de narrativas midiáticas que favorecessem agendas políticas específicas.
Até o momento, foram coletadas murado de 60 assinaturas para a instauração da CPI, sendo necessárias 171 para que o pedido seja formalmente apresentado na Câmara dos Deputados. A investigação proposta visa convocar ONGs, figuras políticas e autoridades para esclarecer uma vez que teria ocorrido essa suposta interferência, incluindo a derrubada de canais e perfis nas redes sociais durante as eleições.
Paralelamente, há um contexto de mudanças políticas nos EUA, com Donald Trump, agora na sua segunda presidência, tendo anunciado planos para fechar a Usaid, uma decisão que foi endossada por Elon Musk, líder do Departamento de Eficiência Governamental. Esta ação é citada uma vez que um provável reconhecimento das alegações de interferência eleitoral, embora não haja confirmação solene de que as duas situações estão diretamente ligadas.
A proposta de CPI tem gerado debates sobre soberania vernáculo e a influência estrangeira em processos democráticos brasileiros, com a expectativa de que, se instaurada, a percentagem possa trazer à tona informações relevantes sobre a integridade das eleições de 2022 no Brasil.
Gravíssimo! “Se não existisse a USAID, Bolsonaro ainda seria presidente”, afirma @MikeBenzCyber
Estamos coletando assinaturas com o Dep. @GayerGus para esta importante CPI que pode expor ainda mais o esquema de exprobação e violações de liberdades durante e posteriormente a eleição de 2022.… pic.twitter.com/cuQYPbb6Qx
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) February 5, 2025