Líderes do movimento se reuniram com o presidente nesta 5ª feira (30.jan); afirmam que Lula se comprometeu a visitar assentamentos
O dirigente vernáculo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno), João Paulo Rodrigues, afirmou nesta 5ª feira (30.jan.2025) que o grupo está insatisfeito com o programa de reforma agrária proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse que o volume de recursos está “muito insignificante” do esperado.
O líder esteve em reunião com Lula e com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Os presidentes do Incra (Instituto Pátrio de Colonização e Reforma Agrária), César Aldrigh, e da Conab (Companhia Pátrio de Provisão), Edegar Pretto, também participaram.
Segundo João Paulo Rodrigues, 1 milhão de famílias são assentadas pela reforma agrária. Do totalidade, entretanto, só 33.000 tiveram entrada à moradia –menos de 5% da base acertada.
“O presidente tem um compromisso de visitar o assentamento. Ele não foi ainda depois que ganhou as eleições e por isso que nós viemos combinar com ele qual é a agenda de 2025 e o que ele vai anunciar no próximo período”, disse João Paulo.
A coordenadora da ação social do MST, Débora Nunes, endossou as críticas e disse que as medidas do governo “estão ainda muito aquém”. A previsão, segundo ativista, é que o petista visite os assentamentos na 1ª quinzena de fevereiro.
SÉRIE DE CRÍTICAS
No final do ano pretérito, o fundador da ação social, João Pedro Stedile, criticou o governo federalista pela inércia em relação ao progressão da reforma agrária.
Segundo o ativista social, não havia mais desculpas para explicar a inoperância em relação ao tema. Afirmou que os argumentos usados no 1º ano de governo, porquê a falta de orçamento, já não se sustentam mais.