O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), reafirmou sua decisão nesta sexta-feira (17) e negou o recurso apresentado pela resguardo de Jair Bolsonaro. O ex-presidente tentava restaurar seu passaporte com o objetivo de viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump, prevista para segunda-feira (20) em Washington.
Em sua decisão, Moraes afirmou: “Mantenho a decisão que indeferiu os pedidos formulados por Jair Messias Bolsonaro por seus próprios fundamentos. Encaminhem-se os autos à Procuradoria-Universal da República para revelação, no prazo de 5 (cinco) dias, nos termos do art. 52, XIII, do Regimento Interno desta Suprema Galanteio.”
Resguardo de Bolsonaro e Alegações de Retorno
A resguardo de Bolsonaro argumentou que, ao participar da posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, em dezembro de 2023, o ex-presidente demonstrou sua disposição de retornar ao Brasil, tentando assim rejeitar a argumento de que ele usaria a viagem para os EUA porquê pretexto para fugir do país.
No entanto, o ministro Moraes manteve sua posição, indicando que havia indícios de que Bolsonaro poderia utilizar a viagem porquê uma forma de evitar uma provável prisão. Embora o ex-presidente ainda não tenha sido denunciado, a decisão foi tomada com base na “possibilidade de fuga”, o que gerou críticas de seus aliados e juristas.
A Controvérsia sobre a “Possibilidade de Fuga”
A argumento de “possibilidade de fuga” tem sido vista porquê uma decisão questionável, já que Bolsonaro ainda não enfrentou formalmente criminação criminal. A sátira recai sobre o caráter subjetivo da decisão, considerando a falta de provas concretas para justificar uma medida tão drástica. Para muitos, a postura de Moraes reflete um viés político, em razão da relação conturbada entre o ex-presidente e o ministro, e não uma estudo recto.
A Questão do Asilo Político
Um dos pontos mais polêmicos da decisão de Moraes foi sua recepção de que Bolsonaro poderia pedir asilo político no exterior. Essa enunciação gerou ainda mais controvérsia, já que, conforme a Enunciação Universal dos Direitos Humanos, o recta ao asilo é reservado a pessoas perseguidas por motivos políticos, religiosos ou raciais, mas não a quem enfrenta acusações relacionadas a crimes comuns ou atos contrários aos princípios das Nações Unidas.
Ao sugerir a possibilidade de asilo político, o ministro, segundo críticos, estaria implicitamente reconhecendo uma “perseguição” ao ex-presidente, o que aumenta a tensão no cenário político brasílico. Para os aliados de Bolsonaro, essa é uma prova de que o ex-presidente estaria sendo mira de uma retaliação política por segmento de algumas instâncias do Judiciário.
Impacto Político e Repercussões
A decisão de Moraes e o subsequente recurso rejeitado de Bolsonaro refletem a crescente polarização política no Brasil. A relação entre o Judiciário e o ex-presidente continua a ser um dos pontos mais delicados da política brasileira, principalmente considerando o contexto de investigações e processos em curso.
A negativa de Moraes também acirra a disputa política interna, com Bolsonaro e seus apoiadores criticando o que consideram uma atitude excessivamente rigorosa e, em muitos casos, injusta. A situação permanece tensa, e as possíveis consequências dessa decisão, tanto no campo jurídico quanto político, devem continuar a repercutir nas próximas semanas.