As companhias aéreas Azul e a Abra, holding que controla a Gol, assinaram um entendimento, nesta quarta-feira (15), para iniciar as negociações de fusão entre as duas empresas.
O memorando assinado coloca porquê o término da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para abril, porquê um dos requisitos para a fusão.
Se confirmada a junção, a novidade empresa concentrará 60% do mercado airado no país, e será comandada por três conselheiros da Abra, que controla Gol e Avianca, três da Azul e três independentes. O presidente do parecer será indicado pela Abra e o diretor-executivo será indicado pela Azul.
Em seguida a aprovação da fusão pelo Juízo Administrativo de Resguardo Econômica (Cade) e pela Sucursal Pátrio de Aviação Social (Anac), o CEO da Azul, John Rodgerson, assumirá a presidência do novo grupo.
De entendimento com o memorando, a novidade gigante aérea não terá controlador definido, com a Abra sendo a maior acionista. No entanto, a definição dos percentuais exatos de participação de cada empresa depende do término da renegociação de dívidas da Gol nos Estados Unidos.
Gol e Azul acabarão?
Não, as marcas Gol e Azul continuarão a subsistir de forma independente, mas poderão compartilhar aeronaves, com uma companhia fazendo voos da outra, de modo a aumentar a relação entre grandes cidades e destinos regionais.
Nenhuma das duas companhias fará novos investimentos financeiros para a fusão, que envolverá somente ativos já disponíveis. A Azul também continuará a comprar aviões da Embraer e a buscar sinergias em voos internacionais.
Conforme o memorando, a alavancagem das duas empresas somada não poderá ultrapassar a da Gol depois do término da recuperação judicial. Se esse parâmetro não for obtido, a fusão não se concretizará.
A alavancagem representa o uso de recursos de terceiros para multiplicar a capacidade de investimento de uma empresa.
No término do terceiro trimestre, a Gol divulgou que a alavancagem estava em 5,5 vezes e, no transmitido desta quarta, informou que pretende chegar ao término da recuperação judicial, em abril, com o indicador em torno de 4,5 vezes.
*com informações da Sucursal Brasil