Está marcado para a próxima terça-feira (19) às 14h, novo testemunho do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Ele será ouvido na sede da Polícia Federalista, em Brasília.
A novidade convocação vem depois a invenção de que Cid apagou dados de computadores apreendidos durante as investigações policiais. As mensagens apagadas trazem mais detalhes sobre a tentativa de impedir a posse do presidente Lula da Silva.
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A preterição destes dados coloca em risco o pacto firmado por Cid, o que pode levar o tenente-coronel a perder os benefícios negociados. A delação premiada prevê que o delator diga tudo o que sabe sobre os supostos crimes que praticou ou tomou conhecimento. No entanto, a invenção de dados apagados não invalida o que Cid já revelou até agora para o interrogatório.
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Segundo a resguardo do tenente-coronel, todas as perguntas feitas até cá foram respondidas e se alguma coisa ficou sem resposta foi por esquecimento. O jurisconsulto de Cid também argumentou que é geral que surjam novas informações e questionamentos.
Peça-chave
Mauro Cid, que foi ajudante de ordens e uma espécie de “faz tudo” de Jair Bolsonaro durante sua presidência, é peça-chave em várias investigações que envolvem o ex-presidente. Além da tentativa de golpe, Cid participou da venda ilícito de joias sauditas que Bolsonaro ganhou quando era presidente e da falsificação de atestados de vacina contra a Covid-19 para a família Bolsonaro.
O pacto de delação premiada foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF) em 9 de setembro de 2023. Cid está em liberdade provisória desde maio deste ano.
Edição: Raquel Setz