A estratégia do presidente Lula de inaugurar obras financiadas pela iniciativa privada, como o Contorno Viário Norte em Santa Catarina, é claramente uma tentativa de melhorar sua popularidade, especialmente em um estado com forte base bolsonarista. Apesar dos investimentos massivos da Arteris Litoral Sul, o governo Lula tenta colher os frutos políticos dessas realizações, o que levanta críticas sobre a autenticidade de suas ações.
O fato de Lula participar da inauguração de obras que tiveram origem e financiamento durante os governos anteriores, como a primeira fragata da Classe Tamandaré iniciada na gestão de Michel Temer e continuada por Jair Bolsonaro, reforça a percepção de que ele está se apropriando do trabalho alheio para ganhar capital político. A prática de se associar a projetos de administrações passadas sem ter sido o responsável direto por eles pode ser vista como uma tentativa de mascarar a falta de realizações significativas em seu próprio governo.
Essa tática de Lula não é inédita. O jornal O Globo destacou que o presidente tem participado de diversas cerimônias de inauguração de obras onde seu governo não foi o protagonista. Isso reflete uma estratégia de marketing político que visa manter a imagem de um governo ativo e presente, mesmo quando os recursos federais e os esforços diretos foram mínimos ou inexistentes.
Além disso, a transferência de responsabilidade e a tentativa de se promover sobre o trabalho dos governos anteriores, particularmente o de Bolsonaro, sublinha uma falta de projetos próprios significativos no atual governo. Essa abordagem pode alienar ainda mais os eleitores conservadores e bolsonaristas, que veem essas ações como desonestas e oportunistas.
Por fim, a insistência de Lula em inaugurar essas obras sem tirar um tostão do bolso pode ser percebida como uma manobra política para esconder a ineficiência e a falta de novos projetos. Isso pode minar ainda mais sua credibilidade, destacando uma dependência das realizações dos governos passados e uma incapacidade de gerar novas e próprias conquistas.
Direita Online
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