Há relatos colhidos pela polícia de que Dario não era visto na vizinhança há dois anos. A perícia preparatório feita no lugar aponta que o idoso estava morto há pelo menos seis meses. A situação do corpo foi definida uma vez que de “estado de esqueletização”. Quando os policiais chegaram ao imóvel, onde os filhos viviam com o pai, Marcelo se mostrou ofensivo e chegou a lutar com um dos agentes. A mana, Tania, tentou ajudar o irmão e também investiu contra os policiais. Os dois foram contidos e presos em flagrante.
Posteriormente a prisão os irmãos passaram mal e foram encaminhados ao Hospital Evandro Freire, na Portuguesa, onde ficaram sob custódia. Na noite de ontem, a Secretaria municipal de Saúde informou que o estado de ambos era considerado firme. Além do sucumbido, os policiais da 37ª DP encontraram bens, aparentemente novos, o que reforçou a suspeita de que os dois se beneficiavam financeiramente dos recursos que o pai, possivelmente já morto, seguia recebendo.
— A gente vai averiguar as causas da morte, instaurar o exato momento em que isso aconteceu e também verificar se houve um homicídio ou se decorreu de um estado mórbido ou uma doença. O que se sabe por enquanto é que há pelo menos seis meses esse corpo já estava no interno dessa residência, mas a gente não sabe ainda o que motivou esses irmãos a deixarem o corpo do pai mortiço por mais de 6 meses — disse o representante Felipe Santoro, titular da 37ª DP.
Algumas das denúncias recebidas pela polícia indicavam ainda a possibilidade de homicídio praticado pelos próprios filhos, com a ulterior ocultação do corpo dentro do imóvel, o que também será motivo de investigação. Um perícia mais completa vai buscar instaurar a desculpa da morte e indicar com mais precisão o tempo aproximado do óbito.
De conformidade com o representante Santoro, não está descartada a hipótese de morte proveniente, seguida da ocultação do sucumbido por conta de verosímil transtorno psiquiátrico.
Em setembro de 2024, o corpo de Maria Auxiliadora de Andrade Santos, de 75 anos, foi encontrado por uma equipe do Samu em avançado estado de dissolução dentro de um apartamento, na Vila da Penha, na Zona Setentrião. Lucimar, sua filha, vivia no apartamento com o sucumbido trancado no quarto havia murado de seis meses segundo as investigações.
Em abril do ano pretérito, Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, chegou a uma filial bancária em Bangu, na Zona Oeste, levando o tio Paulo Roberto Braga, de 68, em uma cadeira de rodas. O objetivo era que Paulo assinasse documentação para fazer um empréstimo no valor de R$ 17 milénio. Tudo foi registrado em vídeo por funcionários do banco, que desconfiaram da situação.
Nas imagens a mulher segura a cabeça de Paulo Roberto, enquanto diz: “Assina para não me dar mais dor de cabeça, ter que ir no cartório. Eu não aguento mais”. Por receio de que o idoso estivesse passando mal, os atendentes chamaram uma ambulância. No atendimento, foi constatado o óbito, que teria ocorrido pelo menos duas horas antes.
Em maio de 2024, vizinhos denunciaram o mau cheiro vindo do apartamento de Luiz Marcelo Antônio Ormond, no Talento Novo, na Zona Setentrião, onde ele morava com a namorada Júlia Andrade Cathermol Pimenta. O corpo do empresário só foi encontrado três dias depois de ele ter sido visto pela última vez no prédio. Estava enrolado em lençóis, sentado no sofá da sala próximo à janela. Dois ventiladores foram posicionados por Júlia ao lado do sucumbido para tentar inibir o mau cheiro, o que não deu notório.
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