Durante uma entrevista concedida na sexta-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi formal ao declarar que não tem qualquer intenção de deixar o Brasil, mesmo diante das acusações que enfrenta atualmente no Supremo Tribunal Federalista (STF). Em tom irônico e reptante, Bolsonaro respondeu às especulações de que estaria planejando uma fuga do país, dizendo: “Alguns falam que eu devia trespassar do Brasil. Não vou trespassar do Brasil, me prendam, pô. Está previsto 40 anos de masmorra, me prendam”.
A enunciação foi feita durante sua participação ao vivo na rádio Auriverde, onde o ex-chefe do Executivo também aproveitou para criticar a Procuradoria-Universal da República (PGR) e provar desprezo pelas denúncias que o colocam porquê réu em um dos processos mais sérios de sua trajetória política: a arguição de tentativa de golpe de Estado.
Ironia diante da Justiça
Bolsonaro, que tem sido figura manente no noticiário político e jurídico nos últimos meses, utilizou a entrevista para adotar uma postura de duelo e vaia. Em vez de se mostrar preocupado com o curso das investigações ou com as possíveis consequências legais, preferiu debochar das acusações. “Falam em me botar na masmorra por 40 anos. Isso é uma piada. O que eu fiz? Falei com o povo? Questionei o sistema? Desde quando isso é golpe?”, disse em tom sarcástico.
Segundo ele, os questionamentos feitos durante seu governo e depois sua saída do Planalto seriam legítimos, fruto do recta à liberdade de frase e da insatisfação popular. Ele ainda sugeriu que existe uma tentativa de perseguição política por segmento de instituições que deveriam, na sua visão, agir com imparcialidade.
Acusações no STF e investigações em curso
O ex-presidente é investigado pelo Supremo Tribunal Federalista no contextura de inquéritos que apuram possíveis articulações para desacreditar o processo eleitoral e, em última instância, promover uma ruptura institucional. Entre os episódios que levantaram suspeitas estão a reunião com embaixadores para criticar o sistema eleitoral, falas contra ministros do STF e a suposta preterição ou conivência diante dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília por apoiadores radicais.
A Procuradoria-Universal da República o acusa formalmente de envolvimento em uma trama que teria porquê objetivo minar a democracia brasileira e terebrar caminho para uma tentativa de golpe. Bolsonaro, por sua vez, nega todas as acusações, alega ser vítima de perseguição e afirma que sua conduta foi sempre dentro dos limites da validade.
Conselhos para deixar o país
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro revelou que pessoas próximas já o aconselharam a deixar o Brasil temporariamente, diante do progresso das investigações e do risco de prisão. A sugestão, segundo ele, seria uma forma de evitar constrangimentos maiores e prometer segurança. No entanto, ele deixou evidente que não cogita essa hipótese.
“Teve gente que falou: ‘Vai embora, fica um tempo fora’. Mas eu não sou covarde. Não vou trespassar do país com temor de ser recluso. Se querem me prender, que me prendam. Estou cá”, disse Bolsonaro, reforçando seu oração de que não tem zero a temer.
A postura contrasta com episódios anteriores, porquê quando viajou aos Estados Unidos logo depois deixar a presidência, em dezembro de 2022, o que foi interpretado por muitos porquê uma tentativa de se distanciar do cenário político turbulento que se instalava no Brasil.
Pedestal político e mobilização
Apesar da sisudez das acusações, Bolsonaro ainda conta com poderoso suporte entre seus aliados políticos e uma base leal de apoiadores. Durante a entrevista, ele fez questão de mencionar que acredita no povo brasiliano e que muitos veem as acusações porquê uma tentativa de silenciar a oposição.
Ele também reforçou que continuará participando da vida política do país, mesmo sem ocupar cargos eletivos. “Não preciso de procuração para ser ouvido. As pessoas me param na rua, me perguntam, me apoiam. Isso me dá força para continuar. E vou continuar falando o que penso, doa a quem doer”, afirmou.
Críticas à PGR e ao sistema judicial
Ao longo da entrevista, Bolsonaro não poupou críticas à Procuradoria-Universal da República, insinuando que as ações contra ele são motivadas politicamente. “A PGR virou um braço do sistema. Em vez de investigar com isenção, está agindo porquê acusadora com base em suposições e narrativas. Isso não é Justiça”, declarou.
Ele ainda afirmou que o Brasil vive um momento de instabilidade jurídica, no qual figuras políticas são claro de perseguições sem provas concretas. “Hoje, você não pode criticar zero, senão já dizem que é golpe, que é violação. Onde vamos parar com isso?”, questionou.
Um oração que divide opiniões
As falas de Bolsonaro, porquê sempre, causaram poderoso repercussão. Para seus apoiadores, trata-se de um líder corajoso que não se curva às pressões e injustiças. Já seus críticos veem nas declarações uma tentativa de se vitimizar e deslegitimar o trabalho das instituições democráticas.
O indumento é que, mesmo fora do missão, Jair Bolsonaro continua sendo uma figura meão no debate político pátrio. Seu porvir dependerá não unicamente do julgamento popular, mas também do curso dos processos jurídicos que corre na mais subida namoro do país.
Desfecho
A entrevista concedida à rádio Auriverde evidenciou mais uma vez o estilo combativo e provocador de Jair Bolsonaro. Ao ironizar as denúncias e desafiar a Justiça brasileira, o ex-presidente reafirma sua intenção de continuar presente no cenário político e se coloca porquê uma vítima de perseguição. O desfecho dessa história, no entanto, está longe de ser definido, e as investigações em curso devem trazer novos capítulos nos próximos meses.
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