Em viagem ao Xingu, Lula é criticado por cacique Raoni por exploração de petróleo na Foz do Amazonas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado pelo cacique Raoni Metuktire por tutelar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Durante encontro na cerimônia na povoação Piaraçu, no Parque Pátrio do Xingu, em Mato Grosso, nesta sexta-feira (4), o cacique disse que “podem ter consequências muito grandes” com a exploração. Na ocasião, o presidente também condecorou o cacique Raoni no Intensidade de Grã-Cruz da Ordem Pátrio do Préstimo

Em fevereiro, Lula afirmou que o Instituto Brasílio do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) precisa autorizar a Petrobras a perfurar poços em procura de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas (FZA-M-59), na Margem Equatorial, no litoral do Amapá.

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A região tem grande potencial de sustar reservatórios de petróleo, no entanto, a exploração é questionada por ambientalistas, por pretexto de possíveis danos.

A Margem Equatorial abrange cinco bacias em alto-mar, entre elas, a Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, cuja licença para prospecção marítima foi negada em maio de 2023. Na quadra, o Ibama alegou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para uma operação segura em novidade espaço exploratória, porquê deficiência no Projecto de Proteção à Fauna.

Durante a visitante ao Xingu, Lula recebeu rituais e se reuniu com outras lideranças indígenas. Ele também ouviu as demandas da população que vive no sítio e defendeu que os indígenas são essenciais para zerar o desmatamento da Amazônia até 2030.

Durante exposição, o presidente Lula defendeu a reivindicação de territórios indígenas. “Vocês têm recta de reivindicar quantos territórios forem necessários pra gente manter a cultura e a tradição indígena”, afirmou.