O julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de vandalizar a estátua localizada em frente ao Supremo Tribunal Federalista (STF) durante os atos de 8 de Janeiro, foi interrompido nesta segunda-feira (24) depois o ministro Luiz Fux pedir vista. O pedido suspende o caso até que Fux devolva o processo para estudo da Primeira Turma, o que pode levar até 90 dias.
A decisão adiciona um novo capítulo ao julgamento virtual, que já contava com votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, ambos favoráveis a uma pena de 14 anos para Débora.
Julgamento virtual e o pedido de vista
A sessão começou na sexta-feira passada (22) no plenário virtual do STF, um envolvente onde os ministros depositam seus votos sem debates presenciais. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela pena de Débora Rodrigues a 14 anos de prisão, sendo 12 anos e 6 meses em regime fechado e 1 ano e 6 meses em regime franco. O voto foi escoltado pelo ministro Flávio Dino.
No entanto, com o pedido de vista de Luiz Fux, o julgamento fica suspenso até que ele devolva o processo. Esse prazo pode se estender por até três meses, prolongando a definição do caso.
As acusações contra Débora Rodrigues
Débora Rodrigues foi identificada uma vez que uma das participantes dos atos do dia 8 de Janeiro. Segundo as investigações, ela utilizou batom vermelho para redigir “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada na Terreiro dos Três Poderes, em Brasília. A frase faz referência a uma enunciação do presidente do STF, Roberto Barroso, em 2022, depois a vitória do presidente Lula nas eleições.
A criminação contra Débora não se limitou ao vandalismo. Em julho de 2024, a Procuradoria-Universal da República (PGR) apresentou denúncia contra ela por crimes uma vez que:
- Associação criminosa armada
- Tentativa de golpe de Estado
- Dano ao patrimônio tombado
A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia em agosto, por unanimidade, tornando Débora ré no caso.
O argumento da resguardo e a tradução da Justiça
Os advogados de Débora alegam que a acusada não cometeu nenhum transgressão grave e que usou unicamente batom para redigir na estátua, sem danificá-la permanentemente. A resguardo sustenta que a pena proposta por Moraes e Dino é desproporcional e que Débora não participou ativamente da tentativa de golpe.
No entanto, para Alexandre de Moraes, as provas são contundentes. Ele apontou que imagens divulgadas pela prelo mostram Débora comemorando com as mãos sujas de batom vermelho depois redigir na estátua. Ou por outra, a Polícia Federalista identificou que o celular da acusada não continha mensagens relacionadas ao evento, o que foi interpretado uma vez que uma verosímil tentativa de obstrução da Justiça.
A operação que levou à prisão de Débora
Débora Rodrigues foi presa em março de 2023 durante a 8ª tempo da Operação Lesa Pátria, uma investigação da Polícia Federalista que procura identificar e punir tanto os participantes quanto os financiadores dos atos de 8 de Janeiro. Desde portanto, ela segue detida aguardando julgamento.
A operação já prendeu diversas pessoas e trouxe à tona uma rede de financiadores dos atos antidemocráticos. Débora é considerada uma peça menor dentro do movimento, mas sua pena pode se tornar um símbolo da posição do STF contra atos de vandalismo e ataques à democracia.
O que acontece agora?
Com o pedido de vista do ministro Luiz Fux, o caso ficará suspenso até que ele finalize sua estudo e devolva o processo ao plenário virtual. Isso pode levar até 90 dias, mas Fux pode antecipar a reembolso se determinar que já tem um posicionamento consolidado sobre o caso.
Enquanto isso, Débora Rodrigues continua presa e a expectativa cresce sobre qual será o desfecho de seu julgamento. O STF tem adotado uma risca dura contra os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, e tudo indica que uma pena pesada deve ser mantida, caso os demais ministros acompanhem o relator.
O julgamento de Débora se tornou um dos mais acompanhados entre os casos derivados dos atos golpistas, e a decisão final do STF pode estabelecer um precedente importante para as demais ações em curso.
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