A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo federalista deveria conceder à primeira-dama Janja da Silva um incumbência simbólico no Palácio do Planalto, com o objetivo de oficializar sua atuação. A enunciação foi dada em entrevista à CNN, em meio ao aumento das críticas sobre os gastos da esposa do presidente Lula com viagens internacionais, mormente em períodos de crise econômica e déficit fiscal.
“Eu defendo, sim, que tenha um ponto de um incumbência honorífico. Ela não vai receber zero e que seja isso legalizado, porque é importante para que ela possa prestar contas, falar. Eu não vejo problema nenhum. Ela é a companheira do presidente e tem um peso social importante”, disse Gleisi.
Viagens sem agenda solene levantam questionamentos
O comportamento da primeira-dama voltou ao meio do debate em seguida viagem antecipada ao Japão, realizada dias antes do embarque do presidente Lula. A exiguidade de agenda solene que justificasse a viagem aumentou as críticas quanto à utilização de recursos públicos.
Janja teria pegado “carona” com a equipe de assessores que se desloca previamente para organizar a recepção e outros preparativos relacionados às missões oficiais. Mesmo assim, os questionamentos persistem sobre a urgência e legitimidade dos gastos com deslocamentos que não constam em compromissos oficiais previamente divulgados.
Críticas e tentativa de blindagem institucional
Mesmo diante da repercussão negativa, Gleisi Hoffmann mantém a resguardo de uma formalização simbólica da função exercida por Janja no entorno presidencial. Para a ministra, a pressão sobre a primeira-dama é injusta e carregada de viés ideológico e sexista.
“Acho muita injustiça. E simples, tem um peso muito grande de machismo. A oposição não tem moral para ir para cima”, declarou Gleisi.
Falta de transparência alimenta críticas
Em resposta a cobranças por mais transparência sobre sua participação em eventos públicos, Janja chegou a propalar segmento de sua agenda pessoal no Instagram, mas, posteriormente, restringiu o chegada a não seguidores, alegando que sofria “ataques inimigos”.
A decisão de ocultar informações reforçou as cobranças por transparência no uso de recursos públicos e responsabilidade institucional, mormente em um momento em que o próprio governo enfrenta dificuldades fiscais e tenta justificar cortes em áreas essenciais.
https://agoranoticiasbrasil.com.br/2025/03/gleisi-quer-cargo-para-janja-no-governo-em-meio-a-criticas-por-gastos-com-viagens/ / Manadeira/Créditos -> Agora Noticias Brasil