Um editorial do jornal O Estado de S. Paulo, publicado em 20 de fevereiro de 2025, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente tentar “forjar culpados” para a subida dos preços dos combustíveis. Segundo o texto, Lula estaria desviando a responsabilidade de sua gestão ao culpar intermediários, uma vez que distribuidoras e postos de gasolina, enquanto ignora fatores sob controle do governo federalista que também influenciam os valores nas bombas.
O jornal aponta que Lula, em oração no dia 17 de fevereiro em Enseada dos Reis (RJ), afirmou que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 por litro, mas chega ao consumidor a R$ 6,49, sugerindo que o “povo é assaltado pelos intermediários”. O editorial rebate essa narrativa, destacando que o preço final inclui impostos federais, uma vez que PIS/Cofins e Cide, que foram retomados pelo governo Lula em 2023 em seguida isenções no governo anterior, além da política de preços da Petrobras, que acompanha o mercado internacional e a cotação do dólar.
O texto argumenta que mais de 20% do valor pago pelo consumidor corresponde a tributos, e a variação cambial recente agravou os custos, alguma coisa que o governo não aborda ao mostrar somente os intermediários.
O Estadão labareda de “leviana” a proposta de Lula de que a Petrobras venda diretamente a grandes consumidores, ignorando a logística complexa e a regulação do setor, que exige autorização da Escritório Pátrio do Petróleo (ANP) e envolve margens legítimas de distribuição e revenda.
O editorial sugere que essa postura é uma tentativa de desviar o foco da baixa popularidade de Lula, que caiu para 24% segundo o Datafolha de 14 de fevereiro de 2025, em meio à subida da inflação e dos combustíveis. Para o jornal, o governo seria o “principal agente” da escalada de preços, e culpar terceiros seria uma estratégia diversionista para evitar assumir responsabilidades diante de decisões uma vez que o reajuste de 6% no diesel pela Petrobras em 2025 e a gestão fiscal que não contém a desvalorização do real.
A sátira do Estadão reflete uma visão de que Lula procura simplificar um problema estrutural, constituído por impostos, câmbio e mercado global, para proteger a imagem da Petrobras e do governo. O texto conclui que inspeccionar cartéis é tarefa do governo, mas a solução não passa por discursos que somente apontam vilões externos, e sim por políticas consistentes que enfrentem as causas reais da subida dos combustíveis.
Essa estudo do jornal se insere em um contexto de embate entre o governo e setores da prelo e da oposição, que questionam a narrativa solene sobre temas econômicos sensíveis uma vez que esse, principalmente em um momento de desafios para a gestão Lula no terceiro procuração.
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