O Partido Liberal (PL), liderado por Jair Bolsonaro, está enfrentando divisões internas em relação ao projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Em fevereiro de 2025, a legenda começou a mapear parlamentares que resistem à proposta, identificando possíveis “traições” dentro da bancada de 92 deputados. A iniciativa reflete a preocupação do partido em prometer os 257 votos necessários para legalizar o texto no plenário da Câmara.
A resistência interna vem, em grande segmento, de uma renque ligada ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, associada ao “centrão” e menos alinhada ao bolsonarismo radical. Estima-se que tapume de 80 deputados da bancada apoiem o projeto, mas os 12 restantes, próximos a Valdemar, demonstram indecisão em votá-lo. Essa subdivisão expõe uma tensão entre a renque ideológica, leal a Bolsonaro, e a mais pragmática, focada em negociações políticas. O PL procura unificar a bancada para evitar surpresas na votação.
O projeto de anistia, publicado porquê PL 2.858/2022, foi retirado da Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) em outubro de 2024 pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e guiado a uma percentagem próprio.
Apesar disso, até fevereiro de 2025, nenhum partido indicou membros para a percentagem, o que indica dificuldades em seguir com a proposta. O mapeamento das “traições” visa pressionar os deputados resistentes e negociar apoios com outras legendas. A meta é legalizar o texto antes do Carnaval de 2025.
A renque bolsonarista do PL vê a anistia porquê necessário para volver as condenações dos apoiadores presos em seguida a invasão dos Três Poderes, em Brasília. Eles argumentam que o perdão é necessário para emendar o que chamam de “perseguição política” por segmento do Supremo Tribunal Federalista (STF).
No entanto, deputados do centrão temem que a aprovação do projeto gere desgaste político e comprometa alianças com o governo Lula. Essa divergência interna é um tropeço para a estratégia do partido.
O PL também enfrenta desafios externos, porquê a oposição do PT e de outros partidos de esquerda, que consideram a anistia um incentivo à impunidade e uma prenúncio à democracia. O governo Lula pressiona para que o projeto não avance, enquanto o STF continua julgando os envolvidos nos atos golpistas. O mapeamento das traições internas é uma tentativa de fortalecer a coesão do partido diante dessas pressões. A liderança do PL, sob Altineu Côrtes, procura alinhar a bancada e evitar dissidências.
A eleição para a presidência da Câmara, em 1º de fevereiro de 2025, também influenciou as tensões internas, com segmento da bancada votando contra o candidato solene do PL, Hugo Motta, em obséquio de Marcel van Hattem, do Novo. Esse incidente evidenciou a falta de unidade no partido e reforçou a premência de mapear os dissidentes. O sucesso da anistia dependerá da capacidade do PL de superar essas divisões e ocupar espeque extrínseco. O resultado será um teste crucial para a força política de Bolsonaro e Valdemar.