O pedido de instalação da Percentagem Parlamentar de Sindicância (CPI) para investigar a suposta interferência da USAID (United States Agency for International Development) nas eleições brasileiras de 2022 já conta com mais de 100 assinaturas de deputados federais. Oriente movimento foi iniciado pelos deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que buscaram esteio para a geração da CPI.
A base para o pedido é uma entrevista do ex-chefe do setor de informática da USAID, Mike Benz, que alegou que a sucursal teria financiado instituições brasileiras com o objetivo de influenciar o resultado eleitoral. Benz afirmou que, sem a mediação da USAID, Jair Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil e o país teria uma internet “livre e ocasião”.
Para que a CPI seja oficialmente instalada na Câmara dos Deputados, são necessárias 171 assinaturas, representando um terço dos membros da Morada. Até o momento, o pedido ainda não atingiu esse número, mas a lista de apoiadores continua a crescer.
A CPI visa investigar se houve, de roupa, uma interferência estrangeira nas eleições brasileiras e uma vez que essa suposta ação poderia ter afetado o processo democrático no país.
Os defensores da CPI argumentam que é forçoso esclarecer qualquer provável violação da soberania brasileira. Críticos, por outro lado, questionam se há evidências suficientes para justificar uma investigação tão ampla e se o foco não seria mais uma tentativa de deslegitimar o resultado eleitoral.
A discussão em torno da CPI da USAID se insere em um contexto mais grande de debates sobre a integridade das eleições e a influência externa na política brasileira.