O Ministro da Resguardo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, José Múcio Monteiro, expôs uma crise financeira nas Forças Armadas brasileiras, chocando ao declarar que “não temos numerário para absolutamente zero”. Em uma enunciação feita em 11 de fevereiro de 2025, Múcio destacou a severidade da falta de recursos que está afetando as operações militares.
Esta enunciação vem em um contexto onde o Orçamento de 2025 propôs uma alocação de R$ 133,6 bilhões para a Resguardo, valor que se mostrou insuficiente devido a cortes anteriores e a necessidades crescentes. A crise financeira nas Forças Armadas é resultado de uma combinação de fatores, incluindo um incisão de quase 70% na verba administrativa do Ministério da Resguardo em 2024, uma vez que segmento de uma estratégia do governo para realocar fundos ao Programa de Aceleração do Prolongamento (PAC).
Os impactos desta escassez de recursos são amplos. Segundo o ministro, há dificuldades em manter operações básicas, uma vez que o pagamento de contas de serviços públicos, e em financiar atividades de manutenção e treinamento militar.
Aliás, projetos estratégicos, uma vez que a modernização de equipamentos e a construção de infraestrutura, estão em risco de serem interrompidos ou significativamente atrasados. A crise também afeta a capacidade das Forças Armadas de responder efetivamente a emergências, uma vez que as frequentes catástrofes naturais no Brasil. A falta de verbas limita a obtenção de combustível para aeronaves e veículos, manutenção de equipamentos, e até mesmo a contratação e retenção de pessoal qualificado.
A enunciação de Múcio Monteiro coloca em destaque a premência de uma revisão urgente na alocação orçamentária para a Resguardo, levantando questões sobre uma vez que o governo pretende lastrar as prioridades econômicas com a segurança vernáculo. A situação tem gerado debates sobre a premência de uma reforma na gestão de recursos para as Forças Armadas, para prometer que elas possam executar suas funções constitucionais sem comprometer a segurança do país.