O obreiro de uma igreja na Vila Federação, em Bangu, Zona Oeste do Rio, Marcus Vinícius Andrade de Souza foi recluso pela Polícia Social do Rio na manhã desta segunda-feira, na Vila Kennedy, indiciado pelos crimes de estupro e aliciamento de menores envolvendo duas meninas de 11 e 13 anos no ano pretérito. O pastor era responsável por uma escolinha dominical para crianças na Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA) — sítio em que teria praticado os crimes, expostos por meio de áudios enviados via aplicativo de mensagens.
Segundo a Polícia Social do Rio, Vinicius Andrade foi recluso temporariamente pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e aliciamento de crianças, cometidos contra duas menores que frequentavam a comunidade eclesiástica à qual ele pertencia.
O pastor era responsável por uma escolinha destinada a crianças na Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA) e, de contrato com a polícia, fazia uso deste papel para seduzir as menores e proceder a atos de abusos sexuais há pelo menos dois anos. De contrato com os investigadores, os líderes da denominação teriam tentado impedir que o caso fosse revelado.
Publicidade
O violação foi denunciado depois Vinicius Andrade enviar áudios para uma moça de 11 anos pedindo fotos e vídeos íntimos. Em um dos áudios ele chega a falar que gostava de ver a moça “sentada de pernas abertas” na igreja. Segundo a polícia, os pais da menor inicialmente procuraram a igreja, que tentou convencê-los a não denunciar o caso. No entanto, a família decidiu ir até a 34ª DP (Bangu) e registrar a ocorrência.
A polícia contou, ainda, que há relatos de outras vítimas que não chegaram a procurar a delegacia, o que mostra que esse tipo de violação muitas vezes não chega às autoridades. Outrossim, o suspeito parecia, segundo os agentes, agir com naturalidade, sugerindo que já havia cometido esse violação outras vezes.
Em seu perfil do Instagram, o líder da Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA), o pastor Juan Marco, afirmou que a direção “não compactua com nenhum tipo de dano indevido a membros ou a nenhuma pessoa que entra na congregação”. Disse ainda que “a única pessoa envolvida não se encontra mais no corpo de obreiros e foi excluída”. Em entrevista ao G1, Juan afirmou que soube de um caso envolvendo Vinicius Andrade há murado de um ano, mas, sem provas, o obreiro e sua esposa negaram a criminação. Agora, com áudios e outras evidências, o caso foi levado à delegacia.
— Há 1 ano ele estava em uma sarau com adolescentes e 10 dias depois, chegou para a gente que ele tinha apalpado uma jovem. A mãe falou o que tinha sucedido, e chamamos os envolvidos. Ele e a mulher (que é líder dos adolescentes) negaram, assim uma vez que os adolescentes que estavam na solenidade. Mesmo assim, ele foi remoto das funções. Depois de 3 meses, ele voltou, já que não havia provas sobre o ocorrido — disse Juan, ao G1.
O varão vai responder por estupro e estupro de vulnerável, além de aliciamento de menor. A delegada pediu que outras vítimas procurem a delegacia.