A Polícia Federalista (PF) está ouvindo parlamentares porquê segmento de uma investigação sobre uma suposta manobra do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para liberar R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. Até agora, dois deputados federais já prestaram testemunho: José Rocha (União Brasil-BA) e Adriana Ventura (Novo-SP). Está previsto que, na próxima semana, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o deputado Glauber Rocha (PSOL-RJ) também serão ouvidos.
A investigação foi iniciada depois uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Flávio Dino, que determinou a buraco do sindicância para apurar as suspeitas. A manobra em questão envolveu um ofício assinado por 17 líderes partidários, onde se pediu ao Executivo a liberação das emendas de percentagem sem a devida transparência sobre quem as indicou, o que contraria decisões anteriores do STF.
As emendas parlamentares são recursos adicionais ao orçamento proposto pelo governo, alocados por parlamentares para projetos em suas bases eleitorais.
No caso em questão, a suspeita recai sobre uma provável tentativa de driblar regras de transparência e responsabilidade na indicação dessas emendas, o que poderia configurar crimes de insubordinação e peculato.
O objetivo da PF com esses depoimentos é verificar as acusações e verificar se houve irregularidades no processo de liberação dessas emendas. Os parlamentares ouvidos são testemunhas e não estão sendo investigados, mas suas declarações podem contribuir para esclarecer os fatos e ordenar se houve transgressão.