Depois um rombo financeiro significativo, o deputado federalista Jorge Goetten (Republicanos-SC) anunciou que pedirá o retiro do sindicalista João Fukunaga, que atualmente preside a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Esta decisão foi tomada em resposta ao déficit bilionário registrado pela Previ em 2024, o que levantou preocupações sobre a gestão e as decisões de investimento tomadas sob a liderança de Fukunaga.
A Previ, reconhecida uma vez que o maior fundo de pensão da América Latina, enfrentou críticas posteriormente os resultados financeiros do último ano, levando a uma auditoria pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A intenção de Goetten é solicitar ao TCU uma reavaliação da posição de Fukunaga, argumentando que sua indicação para o missão não foi acompanhada das capacitações necessárias para uma boa gestão financeira.
Em agosto de 2024, Goetten já havia feito uma representação ao TCU, alegando irregularidades no processo de nomeação de Fukunaga, mas o pedido de retiro foi considerado improcedente na quadra.
Agora, com novos dados sobre o desempenho financeiro da Previ, o deputado acredita que há justificativa suficiente para um novo pedido de retiro.
Fukunaga assumiu a presidência da Previ em 2023, sendo o primeiro sindicalista a ocupar o missão desde 2010. A gestão de Fukunaga tem sido objeto de debate, mormente devido à concentração de investimentos em ações da Vale, que foram uma das causas do déficit financeiro.
A queda nas ações da Vale foi associada a notícias sobre verosímil indicação do ex-ministro Guido Mantega para um missão estratégico na mineradora, o que afetou negativamente o valor dos investimentos da Previ.