O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que líderes partidários discutirão na próxima semana a instalação da percentagem próprio que analisará o projeto de lei para anistiar os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A enunciação foi feita durante uma reunião com líderes no dia 5 de fevereiro de 2025, onde Motta explicou que o detença na instalação da percentagem se deve ao ainda em curso processo de estruturação da Secretaria-Universal da Mesa.
A percentagem próprio foi criada em outubro de 2024 pelo logo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas ainda não foi instalada, o que significa que os cargos de presidente, relator e membros não foram definidos. Motta indicou que quer ouvir os partidos sobre o tema antes de seguir, planejando levar a discussão às reuniões de líderes, que ocorrem às quintas-feiras às 10h, com sessões presenciais às quartas-feiras.
O tema da anistia é polarizador entre os partidos. O PT se opõe à medida, enquanto segmento da oposição, porquê o PL, a defende.
Hugo Motta procura promover um diálogo entre esses grupos para encontrar um caminho viável. Ele também tem evitado votações sob regime de urgência, preferindo fortalecer as comissões temáticas e votar unicamente as pautas em que há consenso.
As reuniões de líderes são essenciais para definir as pautas a serem levadas ao plenário, em convénio com as bancadas de cada partido. Motta prometeu que essas discussões definirão as pautas com uma semana de antecedência, promovendo previsibilidade na gestão da Câmara, em traço com suas promessas de campanha para a presidência da Mansão.
A instalação da percentagem próprio sobre a anistia será um passo importante para o curso do projeto de lei, que tem sido objeto de debates acalorados. A decisão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro pode ter implicações significativas na política brasileira, refletindo sobre porquê o país lida com questões de responsabilidade e justiça depois atos contra a democracia.