O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou sua opinião sobre o envolvimento do Supremo Tribunal Federalista (STF) na discussão sobre a regulamentação das redes sociais. Em sua enunciação, Motta afirmou: “Acho um erro o Supremo Tribunal Federalista entrar nesse tema. Deveria ser discutido na Câmara e no Senado Federalista”. Esta posição reflete uma perspectiva de que questões legislativas, mormente aquelas com implicações tão amplas uma vez que a regulamentação do envolvente do dedo, deveriam ser tratadas primariamente pelo poder legislativo, onde representantes eleitos pelo povo podem debater e legislar sobre tais assuntos.
A enunciação de Motta destaca um ponto de tensão dentro do sistema de separação de poderes no Brasil. A regulamentação das redes sociais envolve questões complexas que vão desde a liberdade de sentença até a proteção de dados pessoais, passando por combate à desinformação e a responsabilidade das plataformas digitais. O STF já se envolveu em decisões sobre esses temas, mormente em casos onde se alega violação de direitos fundamentais, mas a sátira de Motta sugere que ele acredita que a abordagem judicial pode não ser a mais apropriada ou democrática para tratar de uma espaço que necessita de extenso debate e de uma abordagem legislativa detalhada.
A opinião de Motta é secção de um debate maior sobre o papel do Judiciário em legislar por meio de decisões judiciais, particularmente em áreas onde a legislação específica ainda não acompanhou a rapidíssima evolução tecnológica. Ele argumenta que o Congresso Pátrio, formado por representantes eleitos, está em melhor posição para deliberar sobre leis que reflitam os interesses e as preocupações da população brasileira em relação ao uso das redes sociais.
A discussão sobre a regulamentação das redes sociais no Brasil tem sido intensa, com múltiplos projetos de lei em tramitação no Congresso, mas também com intervenções do STF em casos específicos. O posicionamento de Motta pode ser interpretado uma vez que um chamado para que o Legislativo assuma uma liderança mais proativa nesse debate, evitando que decisões importantes sejam tomadas predominantemente por via judicial, o que poderia resultar em uma legislação mais congruente, abrangente e alinhada com as necessidades da sociedade.