Esta que sorri na foto é Esther Dweeck, Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos do Governo Lula. Uma entre as dezenas de personagens que ocupam as cadeiras dos Minístérios do governo de plantão. Até cá desconhecida, nesta semana deixou o anonimato e tornou-se conhecida por uma frase que se transformou em “meme”:
“Déficit não é rombo.”
A princípio, ninguém entendeu muito bom o que ela pretendia transmitir com a subversiva frase, e muitos a compararam com a velha e conhecida Dilma, verdadeira profissional em ditos “nonsense”. Esther pronunciou essas palavras dentro do contexto do proclamação de que as estatais brasileiras acumulam um déficit de mais de 8 bilhões de reais até o momento. É déficit pra dedéu e que promete proceder mais nos próximos dois anos, que prenunciam graves problemas na espaço econômica. Ela segue na contramão e diz que não, que déficit é alguma coisa normal, e até muito vindo para que as classes sociais de menor renda consigam prosperar.
Porquê sei isso?
Em Novembro de 2020, a agora Ministra lançou o livro que carrega o seguinte título: “Economia Pós-Pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal para construção de um novo paradigma.”
Sim, é isso mesmo que você entendeu. Ela defende no livro que “o oração falacioso da austeridade fiscal deve ser desmontado, porquê mito que é, e o dogma de redução de gastos sociais deve ser denunciado.” Essas teses foram ditas em vídeo de 2020, do qual ela participa juntamente com outros “pesquisadores” de universidades públicas, todos mestres e doutores, todos ligados ao PT e ao PSOL, apoiadores de Lula e Boulos, dentre outros.
Um deles afirma sem corar:
“Vai ter que gastar mais, e provavelmente vai ter déficit”.
Mas isso para eles não é problema. Tendo escrito o livro em plena pandemia, afirmam que ela provou que o numerário aparece em tempos de dificuldade e favorece a maior distribuição de renda, porquê aconteceu com o Auxílio emergencial de 600 reais, e o déficit decorrente disso pode ser compensado com a taxação dos super ricos.
Todos eles falam com tom enfático, em que o termo “estamos construindo” é frequente, significando, ao que me parece, que eles imaginam, torcem, desejam, “constroem” uma veras que não existe a não ser em seus sonhos de verão.
Passados cinco anos da publicação do livro e da videoconferência, Esther é agora Ministra de Estado.
Que contratempo o nosso!
Entende-se um pouco melhor quais os motivos pelos quais estamos rolando serra aquém.
A ignorância delirante está no poder. Jornal da cidade