A enxaqueca é um distúrbio neurológico caracterizado por dores de cabeça intensas e recorrentes, frequentemente acompanhadas de náuseas, sensibilidade à luz e ao som. Fatores uma vez que sustento, estresse e sono podem influenciar o surgimento das crises de enxaqueca.
Muitas pessoas não sabem que há um componente genético, herdado, que confere uma hipersensibilidade cerebral dissemelhante a esses pacientes. O cérebro dessas pessoas responde de forma exacerbada a estímulos internos e externos. Os pacientes com enxaqueca podem ter hipersensibilidade à luz, ao som e a cheiros, tanto no período das crises uma vez que nos períodos sem dor. Estss estímulos externos podem, em muitos casos, ser gatilhos desencadeantes da dor.
Piora das crises no período menstrual e pré-menstrual
Variações hormonais mensais na mulher são um exemplo de variações internas (do corpo) que podem ser gatilho em até 80% das pacientes, que referem piora durante o período menstrual e perimenstrual (que antecede a mênstruo).
Componentes psiquiátricos, uma vez que depressão e sofreguidão, são comuns na enxaqueca crônica (pacientes com mais de 15 dias de dor ao mês). Doentes psiquiátricos tendem a ter mais enxaqueca, evidenciando uma associação entre as duas condições. A literatura mostra que os tratamentos eficazes na redução do número de dias e na intensidade da dor em pacientes com enxaqueca crônica melhoram também os distúrbios psiquiátricos associados.
Privação de sono, muito uma vez que dormir em excesso ou mesmo não ter uma rotina de horários regulares para dormir e convencionar são gatilhos muito comuns para crises de enxaqueca. Cá é importante salientar que o volume de horas de sono ideal para cada pessoa é variável, sendo, em sua maioria, ao volta de 8 a 9 horas por noite.
Sobre a sustento, alguns vitualhas classicamente têm relação com a dor, e outros são, na verdade, um mito. Evitar jejuns prolongados e consumir de forma regular, a cada 4 horas, mantém um índice glicêmico mais linear, evitando alterações glicêmicas bruscas, que são, sim, gatilhos de dor. Os vitualhas mais classicamente considerados vilões, pois podem desencadear a dor, são vitualhas com cafeína (moca preto, refrigerantes, energéticos, alguns suplementos de ateneu e alguns remédios), álcool, queijos envelhecidos e vitualhas processados ricos em glutamato monossódico, nitratos e nitritos. Outro grande gatilho chama-se desidratação, tão generalidade atualmente, em tempos corridos, em que não se bebe mais chuva suficiente.
Tratamentos modernos
Com os avanços da medicina, que incluem medicamentos específicos e terapias alternativas, muitas crises de enxaqueca podem ser controladas. Hoje há muitas medicações preventivas, que reduzem o número de dias, a intensidade da dor e até mesmo os sintomas acompanhantes. Podemos referir, primeiramente, os tratamentos clássicos mais antigos, por via verbal, em que podemos usar várias classes medicamentosas, considerando o perfil de cada paciente.
Falando de tratamentos mais modernos, a toxina botulínica tipo A é uma supimpa opção para enxaqueca crônica, sendo realizada a cada 3 meses, com supimpa resposta na prática. Assim uma vez que os anticorpos monoclonais, administrados por via subcutânea, de forma mensal e trimestral.
Já é veras nos EUA uma classe chamada Gepants, que, no segundo semestre, estará disponível no Brasil, também uma vez que opção de tratamento promissor.
Sobre terapias alternativas, podemos optar por psicoterapia do tipo terapia cognitivo-comportamental, fisioterapia específica para enxaqueca, pedestal nutricional por meio de dietas e nutracêuticos, estimulação magnética transcraniana e, em alguns casos, acupuntura (mormente em gestantes).
Prevenção e autocuidado
Mudanças no estilo de vida e o manejo do estresse são estratégias eficazes para reduzir a frequência e a intensidade das crises. O sucesso do tratamento também depende do comprometimento do paciente, que deve adotar hábitos uma vez que sustento equilibrada, hidratação adequada, prática regular de atividade física e uma rotina de sono saudável para prevenir a dor. Aliás, a atividade física frequente, o controle do peso, a reflexão e a yoga possuem comprovação clínica e demonstram benefícios no conforto da dor.
* Aline Turbino é neurologista especializada em dores de cabeça credenciada pelo CRM:128.847SP