A Controladoria-Universal da União (CGU) tem avançado na investigação sobre o apagão de dados do Ministério do Meio Envolvente durante o governo Bolsonaro. Em julho, a pilastra mostrou que a pasta retirou do ar documentos públicos de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previu fortes chuvas na região Sul e outras tragédias climáticas.
Em um ofício enviado ao Ministério do Meio Envolvente, a CGU questionou as providências tomadas para vulgarizar os documentos públicos no site da pasta. A pasta respondeu que identificou dados que estão em falta no portal, e definiu prazos para restaurar os documentos. Agora, os técnicos da CGU vêm avaliando as respostas da pasta.
O Ministério do Meio Envolvente confirmou, por meio da Lei de Chegada à Informação, que diversos arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o governo Bolsonaro, quando o site da pasta foi transferido de endereço. A pasta acrescentou que só conseguiu reaver o material “recentemente”. Servidores ouvidos pela pilastra em suplente apontaram que há arquivos ainda não recuperados.
O caso também é analisado pelo Tribunal de Contas da União. O Ministério Público de Contas classificou a ação de “flagrante atentado ao interesse público”, e apontou que os documentos foram suprimidos “inexplicavelmente”. O relator do processo que apura o apagão durante o governo Bolsonaro é o ministro Jorge Oliveira, que foi ministro, jurisperito e assessor de Jair Bolsonaro.
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