Evento marcado historicamente por protocolos e ritos militares, o desfile do 7 de Setembro ganhou oriente ano um tom mais diversificado e aventado em Brasília (DF), com a adoção de elementos que evocam a teoria de união pátrio e mobilizam o sentimento de região a partir de referências menos tradicionais. O governo federalista levou para a avenida diferentes abordagens, incluindo a ampliação do Mais Médicos e das campanhas de vacinação, a menção à atuação internacional do Brasil por meio do G20 e o esforço de reconstrução do Rio Grande do Sul depois os últimos estragos climáticos.
Durante a cerimônia, o desfile presidencial, as marchas de grupos militares e o porte ostensivo de carros e aviões das Forças Armadas disputaram a atenção do público com os atletas brasileiros que competiram nos Jogos Olímpicos de Paris. Ao som de trompetes e tambores, uma margem solene tentou conferir leveza à sonoridade do evento tocando hits porquê “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, e a música “Tema da Vitória”, que marcou a história do esporte pátrio por ser associada à figura de Airton Senna. O mascote Zé Gotinha, símbolo das campanhas de imunização, desfilou pelo segundo ano sucessivo e foi saudado pelo público das arquibancadas, inclusive por autoridades presentes.
“O conjunto foi muito representativo e significativo, pelas ações que estão sendo realizadas, desde o contexto de fortalecimento da pátria até as [políticas] de saúde e segurança pátrio”, opina a enfermeira Vanessa Barroso Kuruaya, que atua no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O desfile também atraiu outros indígenas, porquê é o caso de Aracaí Pataxó, que se somou a um pequeno enxame de apoiadores que se concentraram no entorno de Lula durante a saída do presidente, ocasião em que o petista decidiu parar e cumprimentar o público de perto. “Dei meu brinco pro Lula e ele me beijou. Eu abracei o presidente. Já esperava que ele fosse falar com o público e aproveitei pra abraçá-lo. Acho que foi inteligente da segmento dele fazer isso porque também é um momento único pra gente conseguir chegar perto dele.”
A menção ao Rio Grande do Sul contou com a participação de representantes de diversos agentes e órgãos públicos envolvidos na masmorra de serviços voltados à população gaúcha, desde tropas do Tropa até integrantes do Corpo de Bombeiros, da Resguardo Social e de outras frentes. A teoria de comemorar a união de forças em prol do povo gaúcho agradou o bancário Marcos Ramos dos Santos, que veio ao evento pela segunda vez.
“Era importante [fazer isso] porque o povo brasílico é um povo uno. A gente tem que se unir com os irmãos que estão sofrendo. Espero que agora tenhamos a capacidade de fazer o mesmo para combater as queimadas”, manifestou. Santos também disse ver com bons olhos a teoria de se elaborar o 7 de Setembro a partir da junção de militares com grupos e símbolos civis que não têm relação direta com a cerimônia, porquê é o caso dos atletas que entraram na avenida e das referências ao SUS. “Achei perfeito. Nós somos progressistas e inclusivos. Todo mundo tem que fazer segmento.”
Esposa de Santos, a também bancária Ana Mércia se disse encantada com as atrações que passaram diante das 30 milénio pessoas concentradas nas arquibancadas. “Ano pretérito não consegui ver o evento recta, mas oriente ano a estrutura ficou melhor e a programação, também. Achei até mais organizado. E fico aliviada em ver que a cultura da vacinação voltou.” Referto de expectativas desde antes do início da programação, o pequeno Nikolas Victor, de 9 anos, também aprovou o desfile, que ele conferiu pelo quinto ano. “Gostei de ver os aviões, que são sempre a melhor segmento de tudo.”
Política
O presidente Lula (PT) esteve escoltado de um conjunto de autoridades dos três Poderes. Da Esplanada, compareceram os ministros José Múcio Monteiro (Resguardo), Paulo Pimenta (Secom), Ricardo Lewandowski (Justiça), Cida Gonçalves (Mulheres), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Marina Silva (Meio Envolvente), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), entre outros. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o presidente do Senado Federalista, Rodrigo Pacheco, também se somaram ao grupo. Já o Supremo Tribunal Federalista (STF) foi representado pelo presidente, Luís Roberto Barroso, e pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zannin e Edson Fachin.
O governador do Província Federalista, Ibaneis (DF), coligado de Jair Bolsonaro (PL) e pivô de um dos principais pontos de atrito envolvendo a segurança pública no 8 de janeiro, também apareceu no evento. Em virtude da homenagem ao Rio Grande do Sul, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), foi outra domínio presente.
Diante dos holofotes e também nos bastidores, chamou a atenção a falta dos ministros da Herdade, Fernando Haddad, e da Paridade Racial, Anielle Franco. A primeira-dama, Janja da Silva, também não compareceu. Ela está no Procurar, onde participa da 5ª Celebração do Dia Internacional para Proteger a Ensino de Ataques. A esposa do presidente da República viajou a invitação da xeica do país, Mozha bin Nasser al-Missned. A falta de Anielle e Janja vem depois o escândalo envolvendo o agora ex-ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida, cuja situação gerou desgaste político para a gestão Lula.
Edição: Nathallia Fonseca
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