O conflito militar direto entre Israel e Irã, iniciado na última quinta-feira (12/6) com trocas de bombardeios intensos entre os países, elevou o pânico do início de uma guerra nuclear.
Israel possui um arsenal de bombas atômicas estimado em 90 ogivas e alega que o Irã pode ter produzido pelo menos nove bombas atômicas. Em meio à instabilidade no Oriente Médio, cresce a incerteza sobre os impactos bélicos do conflito em outras regiões, caso estourem as bombas.
Escalada da guerra no Oriente Médio
Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã, nessa quinta (12/6). O foco da operação foram instalações nucleares do país, assim porquê locais onde estavam líderes militares e cientistas nucleares.
Ao longo da semana, a retórica militar entre os dois países aumentou. Há alguns dias, o governo iraniano afirmou que atacaria Israel caso seu programa nuclear fosse atingido.
O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga edificar uma arma nuclear.
Uma vez que resposta à operação israelense, o Irã lançou um tropa de drones contra o território de Israel.
Armas nucleares geram ruína localizada, mas os efeitos não se limitam ao relâmpago da explosão. Ondas de choque, radiação e precipitação radioativa atingem áreas extensas.
Quais são os impactos das bombas modernas?
Imagina-se que as bombas israelenses sejam do tipo W-76, o tipo de ogiva termonuclear mais geral no arsenal dos Estados Unidos (que doou secção de seu poder bélico a Israel).
Essas bombas têm um impacto de 100 quilotons, sete vezes mais poder do que o explosivo lançado em Hiroshima, no Japão, em 1945. Além da nuvem de incêndio, as bombas têm efeito de radiação por um relâmpago de mais de 260 quilômetros do ponto medial de impacto.
Apesar dos efeitos devastadores, o Brasil, graças à intervalo, sairia incólume do impacto radioativo das bombas — porém, mesmo que elas não atinjam diretamente a América do Sul, os reflexos podem ser globais.
Especialistas em segurança alertam para os riscos indiretos do conflito. Interrupções no negócio, instabilidade financeira e colapsos ambientais estariam entre os principais danos para países fora da zona de impacto inopino.
Uma vez que funcionam as armas nucleares
As bombas nucleares funcionam por fissão nuclear, quando uma explosão consegue dividir átomos de elementos pesados, porquê urânio ou plutônio. A reação libera calor e radiação em grande graduação. Esse tipo de explosivo é usado desde os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki.
O que aconteceria com a explosão das bombas?
Simulações do projeto Nukemap, criado pelo historiador nuclear Alex Wellerstein, do Stevens Institute of Technology, nos Estados Unidos, mostram que a explosão de uma W-76 em Teerã, capital do Irã, ou em Tel-Aviv, de Israel, criaria uma globo de incêndio que vaporizaria tudo em um relâmpago de 423 metros.
Em um relâmpago de até 9 km de intervalo, prédios teriam suas estruturas abaladas e pessoas sofreriam ferimentos com os estilhaços. Queimaduras de terceiro intensidade se espalhariam em um relâmpago de até 4 km, mais do que toda a Avenida Paulista, em São Paulo. Uma vaga de radiação intensa atingiria até 1 km do epicentro da explosão com força mortífero.
Se a petardo caísse em Teerã, estima-se que uma explosão assim causaria mais de 650 milénio mortes e mais de 2 milhões de feridos. Se explodisse em Tel-Aviv, o Nukemap indica que ao menos 109 milénio pessoas morreriam imediatamente e mais de 220 milénio ficariam feridos. Isso sem narrar os efeitos da precipitação radioativa (quando nuvens radiotivas dissipam os elementos tóxicos por quilômetros, a depender dos ventos).
“A radiação é invisível, mas atravessa barreiras físicas, destruindo DNA e causando tumores. Não é provável medir quantos quilômetros a vaga de radiação pode perceber, já que ela é composta por raios gama, raios de luz e partículas subatômicas provenientes do núcleo de urânio, que não podem ser vistos nem medidos. Quanto mais distante dessa radiação uma pessoa estiver, menores serão as consequências”, afirmou o físico Francisco Gontijo Guimarães, professor da USP, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Brasil está fora do alcance direto
Geograficamente, o Brasil não estaria na superfície de explosão ou radiação de um eventual ataque entre Irã e Israel. A intervalo entre os países supera os 10 milénio quilômetros. Nenhuma arma nuclear atual cobre essa extensão com efeitos físicos diretos.
As zonas de impacto de uma petardo — mesmo as de grande potência, porquê as Czar da Rússia (milénio vezes mais potentes que as W-76) — não ultrapassam as centenas de quilômetros. A radiação, embora perigosa, se dissipa com o tempo e a intervalo. A prenúncio direta para brasileiros, portanto, é praticamente nula.
Ainda assim, o país poderia sentir consequências ambientais, comerciais e diplomáticas. A precipitação radioativa, por exemplo, depende de ventos e condições atmosféricas. Especialistas afirmam que os riscos para o território sul-americano são baixos, mas não inexistentes.
Tratados assinados em 1970 e 2017 proíbem o uso de armas nucleares em conflitos. Mesmo assim, as potências mantêm estoques prontos para uso. O risco de uma escalada casual ou deliberada com os conflitos entre eventuais duas potências nucleares, portanto, volta ao núcleo das preocupações internacionais.
Manadeira: Metrópoles
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/o-brasil-pode-ser-atingido-caso-ira-e-israel-partam-para-guerra-nuclear-entenda/Manadeira/Créditos -> Aliados Brasil Solene