A Percentagem de Valores Mobiliários (CVM), do Ministério da Quinta, resolveu procrastinar a reunião marcada para esta quarta-feira, 18, quando estava programada a votação sobre a fusão entre as processadoras de provisões Marfrig e BRF.
A CVM definirá a novidade data da reunião depois que as duas empresas enviarem as informações solicitadas.
A Percentagem atendeu a um pedido da Latache Capital, acionista minoritária da BRF, que alegou “insuficiência da documentação apresentada”, “ilegalidades na formulação da ordem do dia”, “falta de independência dos membros de comitês alegadamente independentes”, “participação dos controladores nas deliberações do juízo de gestão” da BRF e Marfrig, entre outras questões.
“A suspeita (de manipulação) se agrava diante da coincidência entre esse período de silêncio e o pausa que embasaria o operação da relação de troca entre as ações, justamente quando se observou comportamento atípico no mercado: a cotação das ações da BRF sofreu poderoso queda, enquanto os papéis da Marfrig se valorizaram”, diz um trecho do pedido da Latache.
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As informações sobre o diferimento da reunião foram publicadas pelo jornal O Orbe, no dia 9 de junho.
A Marfrig e a BRF anunciaram a fusão de suas operações no dia 15 de maio. Segundo as empresas, a união consolida o grupo uma vez que uma das maiores companhias de provisões do mundo.
Marfrig e BRF dizem que diferimento não é justificável
Nesta terça-feira, 17, Marfrig e BRF enviaram um traje relevante à CVM dizendo não terem identificado “elementos que justifiquem a interrupção da reunião”.
“As companhias estão avaliando, em conjunto com seus assessores, o texto da referida decisão, muito uma vez que as eventuais medidas cabíveis, incluindo eventual pedido de reconsideração, e manterão o mercado informado acerca de quaisquer desdobramentos relevantes do matéria”, diz um trecho do documento.
Fusão não envolve numerário
A operação entre entre as empresas envolve a incorporação das ações da BRF pela Marfrig.
Os acionistas da BRF (exceto a própria Marfrig) receberão 0,8521 ação da Marfrig para cada uma ação da BRF. A fórmula considera a distribuição máxima de proventos: R$ 2,5 bilhões pela Marfrig e R$ 3,52 bilhões pela BRF.
O protótipo é semelhante ao usado pela JBS, que mantém várias operações sob uma mesma holding.
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