A Polícia Federalista (PF) localizou o paradeiro da deputada federalista licenciada Carla Zambelli (PL-SP) na Itália. A informação foi confirmada por fontes da corporação e também pelo emissário do Brasil no país europeu, Renato Mosca. A prisão da parlamentar agora depende exclusivamente da atuação das autoridades italianas.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federalista (STF) a dez anos e oito meses de prisão em regime fechado pelos crimes de invasão de sistemas do Parecer Pátrio de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, com a inserção de dados falsos no Banco Pátrio de Mandados de Prisão. Um dos registros era um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Depois da pena, a parlamentar deixou o Brasil por via terrestre, através da fronteira com a Argentina. De lá, seguiu aos Estados Unidos e, posteriormente, à Itália, onde permanece. No país europeu, ela se encontra licenciada do procuração por 127 dias.
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O emissário brasiliano em Roma afirmou que “há uma mobilização para estancar a deputada porque ela está na lista de divulgação vermelha da Interpol”. Segundo Mosca, as “autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”.
Apesar disso, o emissário destacou que não há, até o momento, uma operação específica ou mandado de procura e consumição. “Ela não pode ser presa dentro do que é considerado um morada dela, porquê uma lar ou um hotel”, explicou. No entanto, um mandado de prisão provisória já foi expedido com base no alerta da Interpol.
A prisão, portanto, pode ser executada desde que Zambelli esteja em lugar que não goze de inviolabilidade, porquê espaços públicos ou estabelecimentos comerciais. “Ela pode ser presa em qualquer lugar que não seja inviolável, porquê a residência dela”, reiterou Mosca.
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O pedido de extradição da parlamentar foi entregue nesta quinta-feira, 12, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália, o “Farnesina”, por Mosca. A partir da entrega, o processo passa a tramitar oficialmente na Justiça italiana.
Mosca explicou que “porquê um processo extradicional é um processo jurídico e político, nesse momento estamos mobilizados com a polícia italiana na localização da deputada, na sua prisão”. Posteriormente, o judiciário italiano fará a avaliação e ela terá largo recta de resguardo, de convenção com o emissário.
O emissário também afirmou que a constituição italiana permite a extradição de brasileiros com dupla cidadania. “Nossa cooperação penal e jurídica é muito eficiente”, disse. Segundo ele, “não há proibitório, mas é uma decisão soberana e autônoma da justiça e do governo italiano”.
Zambelli afirma que não deve ser considerada foragida e diz buscar “regularização” junto às autoridades italianas, ao alegar que saiu do Brasil “em procura de proteção contra o que labareda de perseguição política”.
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