Campanha com IA pode ter ‘cem por cento de mentiras’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reclamar da perceptibilidade sintético (IA). De combinação com o petista, o uso do recurso poderia resultar em uma campanha eleitoral com “centena por cento de mentiras.”

Lula ainda disse ter pânico da IA, se a tecnologia for “tudo o que dizem que é”. O presidente deu as declarações durante o fechamento do Fórum Empresarial Brasil-França, em Paris, na sexta-feira 6.

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“Imagina o que vai ser uma campanha eleitoral com perceptibilidade sintético”, afirmou Lula. “Século por cento de mentiras. E, se a perceptibilidade sintético é tudo o que dizem que é, fico com pânico. Para que um ser humano, logo? Vamos ser descartados.”

Segundo o presidente, muitas pessoas estão agindo com “algoritmos” e fazendo exclusivamente “o que o celular manda fazer.”

Lula já admitiu que acha “complicado” falar sobre IA

Em março do ano pretérito, durante um almoço com servidoras, no Dia Internacional da Mulher, Lula disse estar “cansado de ouvir falar nesse bicho de perceptibilidade sintético.”

Durante o evento, o presidente também admitiu que o tema é “complicado” para a sua mente.

“Num país que tem tanta gente inteligente, para que precisa de perceptibilidade sintético?”, perguntou. “Por que não usamos a perceptibilidade humana que temos cá?”

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Em junho de 2024, ao discursar durante cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Lula voltou a reclamar da IA e disse que o “Brasil talvez não precise” da tecnologia.

“Se a perceptibilidade sintético vier para melhorar a nossa exigência de trabalho, para aumentar a densidade do lucro de moeda da Petrobras, que seja bem-vinda”, afirmou o presidente, na ocasião. “Mas, se não fizer isso, ficamos com a nossa perceptibilidade. Não troco vocês todos por uma perceptibilidade sintético que ainda não conheço, e, vocês, conheço muito.”

Dias antes, ao participar da cerimônia de premiação das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escola Públicas, no Rio de Janeiro, Lula disse que os cientistas brasileiros precisam “fabricar vergonha” e desenvolver uma IA em português.

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