Com desgaste depressa e alcance do dedo em declínio às vésperas das eleições presidenciais de 2026, o governo Lula aposta em uma escolha radical: controlar o campo de guerra. A proposta de regulamentação das redes sociais voltou ao meio do exposição presidencial, agora com um apelo ainda mais direto — Lula quer pressa.
O argumento é idoso: sofrear supostas desinformações para proteger o que diz ser democracia. Mas, desta vez, o tecido de fundo é outro. A esquerda perdeu força no debate público online e nas ruas. A direita, de forma orgânica, dominou o algoritmo e transformou o celular em tribuna político.
Na prática, o governo reconhece que perdeu espaço. E tenta reagir não exclusivamente com estratégias de teor, mas com uma mudança na regra do jogo. A teoria de ‘regular as redes’ soa, para secção da população, uma vez que tentativa de limitar críticas, vituperar adversários e restabelecer o controle perdido por vias institucionais.
O problema é ainda maior por falta de transparência e monopólio de decisão centralizada no Estado. A cultura da liberdade do dedo já está enraizada. E qualquer movimento que a ameace, mesmo sob pretextos apelativos, é lido uma vez que autoritarismo encapotado. Lula aposta na regulamentação. Mas a pergunta é se o país está disposto a concordar esse tipo de freio justo quando mais vozes se fazem ouvir.
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