Sanções contra Moraes e outros ministros do STF podem provocar ruptura entre EUA e Brasil, diz New York Times » Conexão Política

Uma eventual sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), por secção do governo do presidente Donald Trump pode desencadear uma ruptura nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil. A informação foi publicada em reportagem do jornal The New York Times (NYT).

Conforme o correspondente do jornal no Brasil, Jack Nicas, “a situação poderia originar uma ruptura diplomática entre as duas maiores nações do Hemisfério Ocidental”. A reportagem externa que Moraes estaria sendo considerado um mira da Lar Branca depois sucessivos embates com o empresário Elon Musk e a Trump Media & Technology Group, empresa ligada ao presidente americano.

O vestígio mais recente de que o ministro brasílico está sob estudo do governo americano seria o pregão feito na quarta-feira (28) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Na ocasião, Rubio declarou que o país passaria a restringir a licença de vistos a autoridades estrangeiras envolvidas em repreensão a cidadãos americanos — sem reportar Moraes nominalmente, mas mencionando a América Latina uma vez que região de atenção.

Na semana anterior, Rubio havia dito no Congresso que há “uma grande chance” de Moraes ser sancionado, possivelmente com base na Lei Global Magnitsky — legislação que permite sanções contra pessoas estrangeiras envolvidas em prevaricação grave ou violações de direitos humanos.

A reportagem do NYT também afirma que obteve chegada a uma epístola enviada neste mês pelo Departamento de Justiça dos EUA a Alexandre de Moraes. O documento teria repreendido o ministro por ter determinado que a plataforma Rumble bloqueasse um usuário específico, levantando preocupações sobre restrições à liberdade de frase de residentes nos Estados Unidos.

O jornal sustenta que o Departamento de Estado ainda não confirmou oficialmente se Moraes é um dos alvos diretos da novidade política de sanções, mas ressalta que a linguagem adotada nos comunicados “se inclina fortemente para as críticas contra ele”.