Os presidentes do Parlamento, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), estabeleceram um prazo de até dez dias para o ministro da Quinta recuar no aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Eles defendem que a equipe econômica crie medidas “estruturantes, e não gambiarras a toda hora para aumentar a arrecadação”.
Segundo informações do Poder360, a solução ocorreu na noite desta quarta-feira (28), durante reunião na residência solene do presidente da Câmara, Hugo Motta. Na ocasião, foi sentenciado que, caso o governo não derrube o aumento do IOF até a semana de 9 de junho, o Congresso votará um projeto de decreto legislativo que anula a medida.
Estavam presentes no encontro o secretário-executivo do Ministério da Quinta, Dario Durigan, a ministra das Relações Institucionais do Palácio do Planalto, Gleisi Hoffmann (PT), o líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), o líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
“AMPLA INSATISFAÇÃO”
Em entrevista ao veículo de prensa, Motta relatou o texto da conversa. De convenção com ele, foi dito à equipe econômica que há “ampla insatisfação com a medida” e que ela chegou em um “momento em que há um esgotamento para possuir aumento de tributos, depois de tantas já adotadas pelo governo”.
– Nós dissemos que, para não expressar que não queremos colaborar com o governo, que vamos dar um prazo para que a equipe econômica estude alternativas. Em dez dias eles podem nos apresentar uma escolha. Não queremos atrapalhar, mas precisamos de uma solução. Serão uns dez dias de espera – estimou Motta.
O presidente da Câmara disse que a conversa foi “respeitosa, porquê sempre deve ser”. Nela, os líderes do Congresso defenderam rever as “isenções fiscais”, “discutir a vinculação de receita” e “votar a reforma administrativa”.
Ele ainda reconheceu a taxação de casas de aposta e fintechs porquê uma escolha ao aumento do IOF, mas nenhuma delas foi vista porquê solução pela equipe de Haddad.
Tem bets. Tem fintechs. A Febraban [Federação Brasileira de Bancos] trouxe uma série de medidas dessa natureza para nós. As fintechs pagam menos impostos que os bancos, segundo a Febraban. É aquele negócio: quando aperta a CSLL [Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, imposto pago pelos bancos] e são chamados para dividir a conta aí procuram outros atores para dividir a segmento que lhes cabe – pontuou.
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