O general da suplente Walter Braga Netto, ex-ministro dos governos Bolsonaro, segue represado desde dezembro de 2024 por formalidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF). A prisão preventiva foi decretada em meio às investigações da Polícia Federalista que apuram uma suposta tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Recta.
Agora, a resguardo do militar tenta virar essa decisão, alegando que há alternativas viáveis à prisão.
Recurso pede reconsideração ou alternativas à prisão
O jurista José Luís Oliveira Lima, responsável pela resguardo de Braga Netto, apresentou um recurso ao STF solicitando que o ministro Alexandre de Moraes reavalie a urgência da prisão. Caso o pedido não seja aceito de inesperado, a resguardo pede que o caso seja levado a julgamento pela Incisão.
A solicitação sugere que a prisão seja substituída por outras medidas cautelares, uma vez que o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com investigados ou até mesmo restrição de locomoção.
Prisão preventiva se estende desde dezembro
Braga Netto foi recluso no final de 2024, junto a outros nomes ligados ao núcleo mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações da Polícia Federalista apontam que o general estaria envolvido em tentativas de interferência direta nos rumos da apuração sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e em supostos planos golpistas.
O caso ganhou repercussão pátrio, principalmente por envolver altas figuras do idoso governo. Braga Netto, que ocupou cargos estratégicos uma vez que a chefia da Mansão Social e o Ministério da Resguardo, é assinalado uma vez que um dos articuladores de bastidores em resguardo da ruptura institucional.
Moraes mantém risca dura
Alexandre de Moraes, relator do sindicância, tem adotado uma postura firme diante dos investigados, argumentando que as prisões preventivas são necessárias para prometer a ordem pública, a perpetuidade das investigações e evitar possíveis destruições de provas.
Para Moraes, há indícios consistentes de que Braga Netto poderia ter atuado para obstruir os trabalhos da Polícia Federalista, além de manter vínculos com outros investigados.
Resguardo contesta fundamentos da prisão
Segundo o jurista de resguardo, a manutenção da prisão não se justifica, uma vez que Braga Netto tem colaborado com a Justiça e não apresenta risco à meio das investigações. Aliás, argumenta-se que o militar tem residência fixa, histórico profissional venerando e não tentou fugir do país ou atrapalhar diretamente o processo.
A resguardo afirma que o encarceramento se tornou desnecessário e excessivo, propondo uma vez que selecção medidas judiciais menos severas, que garantam o devido curso das investigações sem comprometer os direitos individuais do general.
Braga Netto nega participação em qualquer tentativa de golpe
Desde sua prisão, Braga Netto tem recusado qualquer envolvimento com planos de ruptura institucional. Em seus depoimentos, afirma que sempre agiu dentro dos limites da Constituição e que não incentivou ou planejou ações antidemocráticas.
Seus aliados políticos também têm se manifestado em resguardo do militar, classificando a prisão uma vez que uma medida exagerada e motivada por questões ideológicas.
Repercussão entre aliados de Bolsonaro
A prisão de Braga Netto continua gerando reação dentro do grupo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Parlamentares do Partido Liberal (PL) e outros partidos da oposição ao atual governo têm criticado publicamente a decisão do STF.
Para muitos, a atuação de Alexandre de Moraes extrapola os limites do Judiciário, interferindo em questões políticas com mão pesada. Já para os defensores do ministro, sua atuação é vista uma vez que necessária para preservar o Estado Democrático de Recta diante das ameaças recentes.
Recurso pode terebrar precedente para outros investigados
Caso o STF aceite a substituição da prisão preventiva por medidas alternativas, a decisão poderá terebrar espaço para que outros investigados na mesma operação façam pedidos semelhantes. A Operação Tempus Veritatis, uma vez que ficou conhecida, atingiu dezenas de figuras públicas, inclusive ex-ministros, militares e ex-assessores do governo anterior.
A expectativa é de que o julgamento do recurso tenha repercussão direta no curso de todo o processo, influenciando os rumos da investigação.
A próxima lanço do processo
Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes determinar se reconsidera sua própria decisão ou se leva o recurso ao plenário do Supremo. Caso a segunda hipótese se concretize, os demais ministros do STF deverão julgar os argumentos apresentados pela resguardo de Braga Netto.
Enquanto isso, o general permanece recluso, aguardando o desfecho do pedido. A resguardo se mostra esperançoso de que haverá uma reconsideração, com base na falta de risco concreto apresentado pelo militar à investigação ou à sociedade.
Clima político segue tenso em Brasília
A detenção de Braga Netto e o curso das investigações continuam elevando a tensão no cenário político pátrio. Com o retorno de Jair Bolsonaro ao meio das atenções – inclusive com data marcada para depor à PF em outro sindicância, envolvendo seu fruto Eduardo – a oposição ao governo Lula volta a lucrar fôlego em suas críticas ao Supremo e às instituições.
Nos bastidores, especula-se que novos desdobramentos da operação poderão atingir ainda mais nomes do idoso governo, mantendo o clima de instabilidade e vigilância ordenado por segmento das autoridades.
Desfecho
A tentativa da resguardo de Braga Netto de virar sua prisão preventiva representa um novo capítulo na longa e complexa investigação sobre os atos antidemocráticos e supostos planos de golpe no Brasil. O caso é emblemático, tanto pelo nome envolvido quanto pelos efeitos jurídicos e políticos que poderá desencadear.
Enquanto isso, a sociedade segue acompanhando com atenção o desdobramento dos fatos, em meio a um cenário pátrio onde Judiciário, Executivo e Legislativo continuam disputando espaço e poder em um país ainda polarizado.
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