O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Embora afete homens e mulheres, os sintomas nem sempre se manifestam da mesma forma nos dois sexos, o que pode atrasar o diagnóstico e dificultar o início do tratamento.
Os sintomas clássicos do AVC incluem formigamento, fraqueza em um dos lados do corpo, dificuldade na fala ou perda de visão. No entanto, embora os sinais sejam comuns em homens e mulheres, elas podem apresentar sinais adicionais ou menos típicos, o que dificulta o reconhecimento precoce.
“No caso das mulheres, é mais frequente que apareçam sintomas uma vez que confusão mental, dor de cabeça súbita e intensa, náuseas, diferença do comportamento ou mesmo sonolência. Isso pode dificultar o reconhecimento precoce. Nem sempre o AVC em mulheres vem com os sinais ‘clássicos’, e isso exige mais atenção de todos nós”, alerta o neurocirurgião Guilherme Rossoni, da clínica Asilar Ameh, em São Paulo.
O ignorância dos sintomas mais sutis contribui para que muitas pacientes demorem a buscar socorro — e isso pode ser inevitável. O perito destaca que o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento é determinante para evitar sequelas graves. “Cada minuto conta. Quanto mais rápido for o atendimento, menor a chance de sequelas irreversíveis”, afirma.
Elas são as principais vítimas
De congraçamento com o Office on Women’s Health (OASH), do governo dos Estados Unidos, o AVC é a terceira principal pretexto de morte entre as mulheres e mata mais do que o cancro de úbere. Aliás, o derrame atinge e mata mais mulheres que homens.
Entre elas, o risco pode ser ainda maior em determinados períodos da vida. “A gravidez, principalmente nos últimos meses e no puerpério, pode aumentar o risco por pretexto das mudanças na pressão arterial e na coagulação do sangue. Já na menopausa, a queda nos níveis de estrogênio também contribui para maior risco cardiovascular, incluindo o AVC”, explica Rossoni.
O uso de anticoncepcionais, a presença de doenças uma vez que endometriose e a terapia hormonal na menopausa também podem exaltar esse risco. Em 2024, a Associação Americana do Coração (AHA, em inglês) incluiu pela primeira vez um capítulo individual sobre as mulheres nas suas diretrizes de prevenção, com recomendações específicas para cada uma dessas situações.
Porquê reconhecer um AVC
- Reconhecer rapidamente os sinais de um derrame cerebral ajuda a reduzir o risco de sequelas.
- Uma forma simples de lembrar os principais sintomas é por meio da {sigla} SAMU.
- S (Sorriso): peça à pessoa para sorrir e observe se um dos lados do rosto parece derrubado ou desarmónico.
- A (Amplexo): peça para levantar os dois braços; se um deles tombar ou tiver fraqueza, é um sinal de alerta.
- M (Música): solicite que a pessoa diga uma frase ou cante uma música e observe se a fala está embaralhada ou difícil de entender.
- U (Urgente): em caso de qualquer um dos sintomas, ligue imediatamente para o SAMU (192), pois o atendimento rápido é crucial para salvar vidas e reduzir sequelas.
O que é um AVC e uma vez que reduzir as sequelas
A quesito ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, o que pode suscitar a morte de células cerebrais em poucos minutos. Existem dois tipos principais de AVC: o isquêmico, mais geral, causado pela obstrução de uma artéria cerebral, e o hemorrágico, menos frequente, mas mais grave, provocado pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro.
“No caso do tipo hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave, pois o sangue extravasado agride o tecido cerebral e pode exaltar perigosamente a pressão dentro do crânio, o que exige mediação imediata. Em todos os casos, porém, pode possuir sequelas graves”, explicou o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, em entrevista anterior .
A melhor forma de reduzir o impacto do AVC é agir rápido. Por isso, é fundamental que as mulheres conheçam os sintomas específicos e procurem atendimento imediatamente ao notar qualquer diferença.
“Mesmo se a mulher tem um estilo de vida saudável, existem riscos específicos ligados ao corpo feminino que não podem ser ignorados”, reforça Rossoni.
Nascente/Créditos: Metrópoles
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