Peixe gigante da Amazônia é pescado em rio na Bahia; entenda os riscos

Exatos 40 dias depois a pesca de um pirarucu de 80 quilos e 2,2 metros de comprimento, outro peixe da mesma espécie, mas ainda mais pesado, foi pescado no mesmo município: Malhada, no sudoeste da Bahia. O segundo réplica tem 92 quilos e 2,15 metros de comprimento e foi tomado na segunda-feira (26).

O primeiro foi pescado em 16 de abril numa região pantaneira do rio São Francisco conhecida porquê Quilombo do Pau D’Roda, por sete amigos.

O segundo estava na Lagoa do Mucambo, o que indica que o peixe pode ter se espalhado por rios da bacia do São Francisco.

Ao todo, foram necessárias cinco pessoas para pescar o pirarucu. O grupo de pescadores pretende vender o bicho.

Espécie do ‘peixe gigante’

O pirarucu (Arapaima gigas) é uma espécie de peixe de chuva gula que pertence à família Arapaimidae e é encontrado na Amazônia e em outras regiões específicas da América do Sul.

Ele pode atingir até 3 metros de comprimento e tarar até 200 quilos, tornando-se um dos maiores peixes de chuva gula do mundo. A espécie é carnívora, se alimentando de outros peixes, crustáceos e pequenos animais aquáticos.

Fora de seu habitat, a espécie, que atrai pescadores e turistas, é considerada exótica e põe em risco a fauna nativa. O risco é de impacto na população lugar de peixes e no ecossistema aquático, já que, nesses rios, não há predadores naturais do pirarucu.

A presença de pirarucus, peixes amazônicos, em locais fora de seu habitat proveniente, não é um pouco restrito da Bahia. Uma vez que mostrou o Estadão, em 2022, pescadores de Cardoso, na região setentrião do Estado de São Paulo, pescaram espécimes de até 110 quilos no Rio Grande, na mote com Minas Gerais.

Na ocasião, especialistas advertiram que o pirarucu pode se tornar uma prenúncio para os peixes nativos dos rios paulistas, por ser voraz e capaz de desestabilizar as cadeias alimentares.