O deputado federalista Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou que irá entrar com uma ação na Justiça Federalista contra Janja da Silva, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar acusa a primeira-dama de interferir de forma indevida no processo legislativo ao tratar da regulamentação das redes sociais, principalmente em relação à plataforma TikTok.
A enunciação foi feita por Nikolas por meio de uma postagem na rede social X (macróbio Twitter) nesta terça-feira (27), onde ele expressou preocupação com o que considera uma tentativa de driblar o Congresso Pátrio.
Reunião com governo chinês e exprobação nas redes
De congraçamento com Nikolas, Janja teria solicitado diretamente ao presidente da China uma colaboração para “repreender brasileiros” que utilizam o TikTok. A visitante teria ocorrido sem que ela possuísse qualquer missão solene no governo, o que agrava, segundo o deputado, o proporção de irregularidade da atitude.
– Janja, mesmo não tendo nenhum missão público, foi até o governo chinês pedir ajuda para repreender brasileiros. Logo posteriormente isso, a Advocacia-Universal da União (AGU) se mobiliza para transferir a discussão da regulamentação das redes para o Supremo Tribunal Federalista (STF), retirando-a do Congresso – declarou o parlamentar em sua publicação.
Para Nikolas, essa sequência de eventos é uma clara manobra para esvaziar o papel do Legislativo e substanciar a atuação do Judiciário em temas que deveriam ser debatidos democraticamente pelos parlamentares eleitos.
Separação de poderes em xeque
A sátira de Nikolas não para por aí. Ele afirma que a conduta de Janja representa uma prenúncio direta à separação dos poderes, à soberania pátrio e ao Estado Democrático de Recta. Na visão do deputado, ao atuar em assuntos de governo sem ter função solene, Janja ultrapassa os limites de sua posição porquê primeira-dama.
Nikolas sustenta que esse tipo de atuação interfere no funcionamento normal das instituições brasileiras e representa um exemplo simples de convergência de poder por meios não constitucionais. Ele questiona a legitimidade de ações tomadas por pessoas que não detêm mandatos ou cargos públicos, mas que influenciam diretamente decisões estatais de grande impacto.
Conferência com o caso Eduardo Bolsonaro
O deputado também aproveitou a situação para confrontar o caso de Janja com o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente está licenciado do missão. Eduardo é escopo de uma investigação por segmento da Procuradoria-Universal da República (PGR) e do STF por ter, supostamente, solicitado sanções contra o ministro Alexandre de Moraes durante uma visitante aos Estados Unidos.
Para Nikolas, há uma evidente disparidade no tratamento entre os dois casos:
– Eduardo Bolsonaro é perseguido judicialmente por denunciar abusos cometidos no Brasil ao governo americano, alguma coisa que ele fez no manobra de seu procuração. Já Janja, que não tem qualquer função solene, vai até a China e pede a exprobação de brasileiros… e zero acontece – criticou.
Segundo ele, essa diferença de tratamento revela uma perigosa tendência à seletividade da Justiça, que estaria atuando de forma parcial conforme as ideologias ou os vínculos políticos das pessoas envolvidas.
“Dois pesos, duas medidas”, afirma Nikolas
O parlamentar afirma que os acontecimentos recentes são prova clara de que o Brasil estaria vivendo, em suas palavras, “um regime de exceção”. Ele destaca que a liberdade de frase e o estabilidade entre os poderes estão sendo colocados em risco, principalmente com ações que fogem dos canais institucionais normais.
– Todas essas situações demonstram uma prova escancarada de que vivemos em um regime de exceção. É uma Justiça que parece funcionar para um lado só – reforçou o deputado mineiro.
Nikolas se mostra determinado a levar o caso adiante, acreditando que sua denúncia permitirá que a população brasileira observe, de forma mais nítida, o funcionamento da Justiça no país.
O papel da primeira-dama em questão
A atuação de Janja tem gerado polêmica não unicamente por oriente incidente. Diversas vezes, sua participação em eventos oficiais, declarações públicas e até mesmo interferências em decisões do governo têm sido escopo de críticas por segmento de opositores.
No caso mais recente, além de se envolver em assuntos ligados à regulamentação das redes, Janja também teria opinado sobre a guerra em Gaza e evitado a prensa durante uma visitante ao estado do Ceará, o que aumentou a tensão política.
Enquanto isso, muitos críticos apontam que a influência da primeira-dama no governo Lula tem ultrapassado o que é tradicionalmente esperado de um consorte presidencial em regimes democráticos.
Caminho jurídico e desdobramentos futuros
Com a intenção de judicializar o caso, Nikolas Ferreira deve apresentar nos próximos dias uma representação formal à Justiça Federalista solicitando que sejam apurados os atos da primeira-dama. A denúncia pode furar um novo capítulo na já turbulenta relação entre os Três Poderes e reacender o debate sobre os limites da atuação de figuras que não foram eleitas, mas exercem poder de vestuário.
A iniciativa de Nikolas já vem gerando repercussão nas redes sociais e entre parlamentares, principalmente entre os que fazem oposição ao governo. Muitos defendem que a questão da regulamentação das redes deve permanecer no contexto do Legislativo, onde pode ser discutida com transparência e participação pública.
Desfecho
O embate entre Nikolas Ferreira e Janja da Silva vai além de uma disputa política geral. Ele expõe as tensões institucionais que têm marcado o atual cenário brasílio, onde os limites do poder, da influência e da legitimidade parecem cada vez mais difusos. A ação prometida pelo deputado deve trazer novos desdobramentos nos próximos dias e reacender o debate sobre a separação de poderes, liberdade de frase e a atuação de figuras sem procuração formal.
Enquanto isso, a população acompanha de perto os desdobramentos, buscando entender até que ponto a democracia brasileira continuará sendo respeitada em sua plenitude.
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