Ex-governador do RJ afirma que o novo presidente eleito terá influência de interventor, ex-presidente do STJD e político de Roraima
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho afirmou na 6ª feira (23.mai.2025) que o presidente eleito da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Samir Xaud é o “testa de ferro” de Fernando Sarney –interventor que substituiu Ednaldo Rodrigues–, Flávio Zveiter e Romero Jucá. Para Garotinho, o trio é “quem vai mandar na CBF”.
“Quem vai mandar na CBF, é o que está no meu blog, é uma trinca: Fernando Sarney, Flávio Zveiter e a família Jucá. O Xaud é só o testa de ferro daquilo ali”, declarou o ex-governador em entrevista ao podcast Universal Pod.
Garotinho falava sobre as eleições na confederação quando questionou a credibilidade de Samir Xaud para concorrer. “Todo mundo se perguntava: ‘Uma vez que é que apareceu um rostro de Roraima, que não tem nem time na 2ª separação, nem na 3ª eu acho, de repente aparece para virar presidente da CBF?”, perguntou.
O médico Samir Xaud, de 41 anos, foi confirmado neste domingo (25.mai) uma vez que o novo presidente da instituição, com o escora de 25 das 27 federações estaduais. Era dirigente da Federação de Futebol de Roraima e foi candidato único.
Xaud substituirá Ednaldo Rodrigues, que foi semoto da presidência da CBF por decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) e que nomeou o vice Fernando Sarney uma vez que interventor para realizar novas eleições.
Rodrigues tentou recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federalista), mas desistiu. Conforme os advogados informaram à Galanteio, Rodrigues foi “movido pelo profundo libido de restaurar a tranquilidade no futebol brasiliano”.
“Leste gesto, sereno e consciente, representa o esforço do Peticionário [Ednaldo] em deixar para trás oriente último ato do litígio, rejeitar narrativas que ferem sua honra e de sua família, e reafirmar, diante dessa Suprema Galanteio, uma vez que sempre fez, seu compromisso com o reverência à Justiça, à verdade dos fatos e à segurança institucional da Confederação Brasileira de Futebol. […] [Ednaldo] declara que, em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, não está concorrendo a qualquer incumbência ou apoiando qualquer candidato, desejando sucesso e felicidade àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasiliano”, consta no documento de desistência protocolado no Supremo.
Para Garotinho, no entanto, a construção da candidatura de Xaud foi articulada pelo presidente do MDB de Roraima, Romero Jucá (MDB-RR), pelo fruto do ex-presidente José Sarney, Fernando Sarney, e pelo ex-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Flávio Zveiter. O ex-governador também cita outras autoridades políticas e jurídicas. Leia uma vez que Garotinho relaciona cada pessoa com a história:
O vice-presidente da CBF assumiu a confederação uma vez que interventor, por decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do TJ-RJ, que afastou Ednaldo de sua função. Sarney foi responsável por realizar as novas eleições.
Fernando entrou com pedido no Supremo em maio para suspender o contrato firmado no início do ano que reconheceu a legitimidade das eleições de 2022 e assegurou a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade. O pedido foi rejeitado.
Fernando é fruto do ex-presidente da República José Sarney, irmão da deputada federalista Roseana Sarney (MDB-MA) e do secretário de Meio Envolvente do Província Federalista José Sarney Rebento (PV-MA).
O empresário está na CBF desde 1998, quando ocupou o incumbência de relações governamentais. Sarney participou de todas as administrações seguintes, incluindo a de Ednaldo
Para Garotinho, quando Ednaldo voltou ao incumbência por meio de decisão liminar do ministro do STF Gilmar Mendes, Sarney “pulou fora” da gestão do dirigente. O ex-governador atribui a ele a fala para que Ednaldo desistisse da eleição à CBF, junto com Romero Jucá, que teria escolhido Samir Xaud uma vez que candidato à presidência.
“Fernando Sarney seria logo queimado. Porque ele participou da gestão de Ricardo Teixeira, de José Maria Marin, de Marco Polo del Nero, de Rogério Mestiço e estava participando do Ednaldo. Não seria uma renovação. Aí pegaram um ignoto lá de Roraima”, disse o ex-governador.
O Poder360 tentou entrar em contato com Fernando Sarney, mas não teve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o teor desta reportagem. Leste jornal do dedo seguirá tentando fazer contato com o dirigente esportivo e oriente texto será atualizado caso uma sintoma seja enviada.
Romero Jucá é presidente do MDB de Roraima. Foi governador e senador pelo Estado. Também ocupou os cargos de ministro da Previdência no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2005, e de ministro do Planejamento, no governo de Michel Temer (MDB-SP). No Senado, também foi líder do governo do emedebista.
Para Garotinho, Jucá é o “melhor camarada” de Samir Xaud. Noo podcast, o ex-governador afirmou que o político se articulou com Flávio Zveiter e Fernando Sarney para lançar Xaud e impedir que Ednaldo recorresse ao STF pedindo seu retorno ao comando da CBF.
O Poder360 procurou Romero Jucá por meio de aplicativo de mensagens para perguntar se gostaria de se manifestar a reverência das afirmações de Anthony Garotinho. Foram enviadas mensagens de texto por WhatsApp às 11h. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma sintoma seja enviada.
Legisperito e ex-presidente do STJD, Flávio Zveiter se candidatou à presidência da CBF em 2023, durante o 1º encolhimento de Ednaldo Rodrigues, mas a eleição não ocorreu em razão da recondução do dirigente ao incumbência. Na eleição deste domingo (25.mai), Zveiter foi eleito vice-presidente na placa vitoriosa com Xaud.
Segundo Garotinho, Zveiter entrou na fala por motivo das suas relações com o Judiciário do Rio de Janeiro. Flávio é fruto de Luiz Zveiter, que também comandou o STJD, além de ter sido desembargador do TJ-RJ. Garotinho atribui a influência de Flávio no processo ao parentesco com Luiz.
“O Tribunal de Justiça do Rio, que já tinha tido uma liminar cassada por Gilmar Mendes, volta a cassar Ednaldo. Quem conseguiu? Quem deu a decisão? É aquele sobrenome que já falamos, que é muito influente”, declarou.
“Trinca formada, os presidentes de federação sabem que não é bom negócio competir com a CBF, que não é bom competir com a família Zveiter e muito menos com um cidadão que está há 30 anos dentro da CBF, que é o tempo que o interventor está”, completou.
O Poder360 tentou entrar em contato com Flávio Zveiter, mas não teve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o teor desta reportagem. Leste jornal do dedo seguirá tentando fazer contato com o dirigente esportivo e oriente texto será atualizado caso uma sintoma seja enviada.
- Rui Costa e Jaques Wagner
O ministro da Lar Social e o líder do governo no Senado, respectivamente, são citados uma vez que aliados de Ednaldo Rodrigues na Bahia. De contrato com Garotinho, os 2 ex-governadores baianos tinham relação com o ex-presidente da CBF em 2023, quando foi reconduzido ao incumbência.
“Quem tentou disputar contra o Ednaldo da outra vez foi o Flávio Zveiter. Ednaldo é baiano. Quem apoiava ele? Rui Costa, ministro da Lar Social, e Jaques Wagner, senador pelo PT da Bahia –2 governadores da Bahia”, alegou Garotinho.
Leste jornal do dedo também procurou os petistas para perguntar se gostariam de se manifestar a reverência das declarações de Anthony Garotinho. Foram enviadas mensagens de WhatsApp às 16h25 e às 17h04. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma sintoma seja enviada a oriente jornal do dedo.
O ministro do STF foi relator da ação na Galanteio que reconduziu Ednaldo Rodrigues ao comando da CBF em dezembro de 2023 depois que a Justiça do Rio de Janeiro o afastou por irregularidades no processo eleitoral.
Desde agosto de 2023, o IDP (Instituto Brasiliano de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), do qual Gilmar é sócio e fundador, tem uma relação direta com a CBF Academy Brasil. O braço da confederação tem uma parceria com a instituição para oferecer cursos para treinadores, preparadores físicos e gestores esportivos.
De contrato com Garotinho, o ministro do STF teria aconselhado Ednaldo a desistir da eleição. “O Gilmar Mendes, segundo fontes, teria dito o seguinte: ‘Eu vou propor ele [Ednaldo Rodrigues] a desistir da eleição’. Quando desiste da eleição, atribuem isso a quem? Romero Jucá e Sarney. Portanto, o presidente seria alguém de Romero Jucá ou de Sarney”, declarou.
Ao Poder360, a assessoria de notícia do ministro negou que ele tenha feito qualquer tipo de aconselhamento a Ednaldo.
Leste jornal do dedo também procurou Samir Xaud por meio da presidência da Federação Roraimense de Futebol para perguntar se gostaria de se manifestar a reverência das alegações de Anthony Garotinho. O e-mail foi enviado às 12h31. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma sintoma seja enviada a oriente jornal do dedo.
Leia a íntegra da fala de Anthony Garotinho:
“E todo mundo tava se perguntando, tá lá no meu blog, tá publicado lá, uma vez que é que apareceu um rostro de Roraima. Uma vez que é que um rostro de Roraima, que não tem um time nem na segunda separação, nem na terceira, eu acho, de repente aparece pra virar presidente da CBF. Eu falei, ‘pô, vamos ver onde é que isso vai chegar.’ Aí comecei, busquei a família dele. Zé Xaud, pai dele, [foi por] 40 anos presidente da Federação de Roraima de futebol.
“Quem é o melhor camarada do Zé Zaud? Quem é o melhor camarada dele? Dizem que é Romero Jucá, que foi senador, líder do governo Sarney e Fernando Henrique no Senado. Quem é o interventor nomeado para presidir a eleição? O fruto do Sarney.
“O que acontece é que, quem tentou disputar da outra vez com o Ednaldo foi o Flávio Zveiter. Mas em cima, havia, na cúpula do poder brasiliano, um escora muito grande de Ednaldo, que é baiano. Quem que apoiava ele? Rui Costa, ministro da Lar Social, e Jaques Wagner, senador pelo PT na Bahia. Dois ex-governadores da Bahia.
“Portanto o Ednaldo foi, conseguiu a liminar com o Gilmar Mendes, que eu não preciso manifestar que tem contrato com a CBF, mas conseguiu voltar ao incumbência. Mas nisso que ele volta ao incumbência, o fruto de Sarney pula fora. O Fernando Sarney, que dava suporte. Você está iludido. Quem vai mandar na CBF, é o que está no meu blog, é uma trinca. Fernando Sarney, Flávio Zveiter e a família Jucá.
“O Xaud é só o ‘testa de ferro’ daquilo ali. O que eu não sei se você sabe é que a receita da CBF prevista para oriente ano é de R$ 2,4 bilhões. A despesa é de R$ 1,2 bilhões. Ou seja, estão sobrando aí R$ 1,2 bilhões neste ano, sem Despensa do Mundo. Portanto, a fala foi toda feita.
“E aí, o que acontece? Vamos lembrar um indumentária interessantíssimo. Sarney só foi desbancado no Maranhão quando Flávio Dino chegou ao poder. Exatamente. Flávio Dino vira ministro da Justiça de Lula depois que terminou o governo dele no Maranhão. Indicação do Supremo Tribunal Federalista.
“O presidente [Lula] poderia indicar fulano, poderia indicar ciclano. Sarney vai no ouvido dele e diz assim, bota o Flávio Dino. Ele não pode se envolver mais com política. Aí o Sarney passa de novo a controlar a política do Maranhão. E passa a ter influência.
“Porque o Flávio Dino não vai querer competir com a família Sarney, que é fortíssima, né? E aí, logo, vão em cima do Gilmar Mendes e dizem, olha, o Ednaldo vai entrar de novo com a liminar. O Gilmar Mendes, segundo fontes, teria dito o seguinte, eu vou propor ele a desistir da eleição e ele desiste da eleição.
“Quando desiste da eleição, atribuem isso a quem? Romero Jucá e Sarney. Portanto, o presidente seria alguém de Romero Jucá ou de Sarney. Portanto, Fernando Sarney seria logo queimado, porque ele participou da gestão de Ricardo Teixeira, de José Maria Marin, de Marco Polo del Nero, de Rogério Mestiço e estava participando do Edinaldo. Não é uma renovação. Aí pegaram um ignoto lá de Roraima, que nem presidente da federação e não tem histórico, o pai que dirigiu por 40 anos. Botam lá.
“E faltava uma ponta. Qual era a ponta? Segurar as federações. Porque o Ednaldo, antes de transpor para tentar segurar as federações, pegou o salário dos presidentes da federação e multiplicou por 3, 4, 5.
“Os caras ganhavam R$ 30.000 e passaram a lucrar R$ 150 milénio. E o dele próprio, Ednaldo aumentou de R$ 120 milénio para R$ 300 milénio. Ele dizia o seguinte: ‘Não vão conseguir montar a placa, os caras estão todos comigo’.
“Só que o Tribunal de Justiça do Rio, que já tinha tido uma liminar cassada por Gilmar Mendes, voltou a cassar Ednaldo. Quem conseguiu? Quem deu a decisão? Tem um sobrenome bom aí, né? É aquele sobrenome que já falamos dele. Que é muito influente nessa região.
“Conseguiu, logo, a trinca ficou formada. Os presidentes de federação sabem que não é bom negócio competir com a CBF. Não é bom competir com a família Zveiter. E muito menos com um cidadão que está há 30 anos dentro da CBF, que é o tempo que o interventor está lá.”
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