O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou nesta quinta-feira (22) o homicídio a tiros de dois funcionários da embaixada do país em Washington (EUA) e disse que aqueles que hoje gritam “Palestina livre”, uma vez que fez o atirador depois o ataque, é uma vez que se imitassem a saudação “Heil Hitler” usada pelos nazistas.
– Para esses neonazistas, “Palestina livre” é simplesmente a versão atual de “Heil Hitler”. Eles não querem um Estado palestino. Eles querem destruir o Estado judeu. Eles querem exterminar o povo judeu, que está na Terreno de Israel há 3.500 anos – afirmou Netanyahu em um pronunciamento.
O premiê israelense também criticou França, Reino Uno e Canadá por terem ameaçado impor sanções contra Israel caso o país não interrompesse a ofensiva em Gaza e não mostrasse disposição de reconhecer a Palestina uma vez que um Estado.
– Esses líderes podem pensar que estão promovendo a silêncio. Não estão. Eles estão incentivando o [grupo terrorista palestino] Hamas a continuar lutando para sempre – declarou.
– Eu digo ao presidente [francês, Emmanuel] Macron, ao primeiro-ministro [canadense, Mark] Carney e ao primeiro-ministro [britânico, Keir] Starmer: quando assassinos em volume, estupradores, assassinos de bebês e sequestradores agradecem, vocês estão do lado falso da justiça – acrescentou.
Netanyahu destacou que um Estado palestino “pacífico” é um tanto impossível e acusou os líderes europeus de terem “engolido a propaganda do Hamas”, inclusive sobre a penúria em Gaza depois quase três meses de bloqueio de aprovisionamento.
– Nosso objetivo desde o início foi levar mantimentos aos civis palestinos, não aos terroristas – disse o primeiro-ministro.
Netanyahu insistiu que a ajuda humanitária será distribuída em breve por “empresas americanas” diretamente aos chefes de família em áreas militarizadas, o que tem a oposição de ONGs e grupos humanitários no lugar.
– Isso nos permitirá concluir nosso objetivo de destruir o Hamas e, ao mesmo tempo, permitir que a ajuda chegue à população social. Concluiremos a construção das primeiras áreas de distribuição nos próximos dias – afirmou.
Em relação aos assassinatos em Washington, o premiê disse que Yaron Lischinsky e Sara Milgrim “não foram vítimas de um delito aleatório”.
– O terrorista que os matou com crueldade o fez por uma única razão: ele queria matar judeus. E quando estava sendo levado, ele entoou “Palestina livre!”. Esse é exatamente o mesmo poema que ouvimos em 7 de outubro – acrescentou, referindo-se ao ataque que o Hamas cometeu em território israelense que deu início ao atual conflito em Gaza.
*EFE
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