Durante uma audiência na Suprema Golpe realizada na última sexta-feira (23/5), o clima esquentou entre o ex-ministro Aldo Rebelo e o deputado federalista Guilherme Boulos (PSol-SP). Rebelo prestou prova porquê testemunha de resguardo na ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
O momento mais tenso ocorreu quando o ministro Alexandre de Moraes advertiu Aldo Rebelo:
“Se o senhor não se comportar, o senhor será recluso por desacato.”
Pouco depois da sessão, Guilherme Boulos usou suas redes sociais para criticar duramente Rebelo, afirmando:
“Aldo Rebelo é uma vergonha. De militante contra a ditadura virou lacaio de golpista. Já que ele gosta tanto de semiologia deveria orientar seus estudos para o concepção de ‘decadência’, que ele simboliza porquê ninguém.”
A resposta do ex-ministro não demorou. Com tom irônico e desdenhoso, Aldo Rebelo rebateu as acusações sugerindo que o ressentimento de Boulos estaria ligado à rota eleitoral sofrida em 2022, quando perdeu a disputa pela prefeitura de São Paulo para Ricardo Nunes (MDB), coligado político de Rebelo:
“Boulos, você ainda não se recuperou da surra que levou do povo de São Paulo na última eleição? É muita mágoa. Pegue um rumo, pare com mimimi e chororô. Fica a dica.”
O embate público entre os dois políticos ilustra a polarização crescente no cenário político vernáculo, mormente em temas relacionados aos desdobramentos do processo sobre a tentativa de golpe.
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